Comunicar pode ser fácil... Se no tempo que a vida nos permite procurarmos transmitir o essencial, desvalorizar o acessório e contribuir, num segundo que seja, para que a mensagem se assuma como tal e não como um universo de segredos...

06
Mai 15

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Tem a sua piada assistir ao ambiente de "noivado" geral vivido actualmente na Madeira. 

O que vieram fazer milhares de cruzes enquadradas e outras tantas que faltaram ... No entanto, continuo na expectativa. Esta espécie de "limbo" a que múltiplas forças se entregam está a dificultar a perspectiva... 

 

 

publicado por Marco Freitas às 10:50

24
Mar 15

Li recentemente que está na forja uma novo consórcio europeu de comunicação social. Ao que registei, os objectivos principais são a luta por um melhor jornalismo e pela formação da sociedade através do jornalismo... 

 

Todos concordamos com isto.. Acho eu. Mas, parece que estaremos a começar a falar de responsabilidade e de responsabilização do acto de noticiar perante a sociedade.. Isso, a meu ver, tem contrapartidas e uma delas é a aceitação de que é preciso aprimorar a selecção de notícias, aumentando os níveis de controlo do que é noticiado... E agora?!!!

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publicado por Marco Freitas às 11:36

02
Set 14

 

(Texto publicado no Diário de Notícias da Madeira, 23.08.2014)

 

 

Na senda das reflexões típicas das pausas de verão, acabei mergulhando no “sentimento de urgência” que parece inundar a Madeira, um agora caracterizado pelo signo da “mudança absolutamente necessária”. 

Trata-se de um “sentir urgente” que vem fervilhando na opinião pública e publicada, através de líderes de opinião e de muitos organismos que dão corpo à vida política, económica e social da Madeira.

 

Mais do que um problema, será um estado de alma, quiçá consequência da sobredimensionada expectativa num novo rumo político; das imposições do estado de crise instalado; ou ainda, de uma claustrofobia auto-prescrita por falta de soluções imediatas e milagrosas... Será uma espécie de exorcismo de um passado que, se não me engano,  sorriu durante muito tempo a uns e outros, numa tentativa de negar que o actual estado de coisas foi  precedido de uma tácita aceitação da estratégia seguida, apesar de ter sido aqui e ali polvilhada com discordâncias, quase sempre do foro político ou pessoal.

 

Este estado de alma tem caixa de ressonância no modo de vida actual, muito entregue às redes sociais, à pressão cibernauta e à subsequente informação truncada. Através da rede, mirones politizados tiram partido da experiência social permanente que esta proporciona para forçar agendas públicas e até pessoais a enclausuramentos, num sinal de alta ignorância pois prejudicam “a maturidade necessária para o julgamento moral”, reconhecidamente disfuncional com “cognição muito rápida” exigida pelo novas redes sociais (ver Expresso 31/05/2014, Ciência).

 

Vivemos uma encruzilhada, por norma um terreno onde podem germinar a desorientação e onde os “oportunismos proféticos” encontram receptores fáceis. A chave para as encruzilhadas está na capacidade de reconhecermos os obstáculos a vencer, sendo a ausência de uma estável plataforma de comunicação o mais comum.

 

É neste quadro que olho para a Madeira como um puzzle por acabar. Analisando os conteúdos da dinâmica mediática de vários pequenos “palcos privativos” locais, temo que o “salto de rã”, em tempos sugerido por Braga de Macedo, seja menos do que uma miragem.

 

Não havendo soluções milagrosas nem definitivas, existem, contudo, exemplos de boas práticas de desenvolvimento para levar a sério. O pior é que nas tais versões politizadas em jogo, o revisionismo está em alta. Ora, sem a aceitação do passado como ele realmente foi, esse novo futuro, há tanto tempo almejado, será um rascunho rasurado pelos primeiros ventos de tempestade, consequência certamente indesejável para o processo de evolução que quase todos admitem estar a acontecer. O bloqueio da memória histórica é uma forma de destruir os pontos de contacto que poderiam ajudar a desenhar alternativas e de semear estratagemas para que as diferenças em despique se acentuem até ao ponto sem retorno.

 

A Madeira nunca foi tão debatida. Mas, neste debate, tenho reticências quanto à fórmula determinista como alguns estão a pedir as soluções. O futuro é um lugar garantido mas o percurso pode ser escolhido e deve ser esculpido. Graças às novas tecnologias, nunca foi tão possível referendar a vontade dos madeirenses e a sua opinião, contornando as grelhas impostas pela legislação portuguesa.

 

No “lego” madeirense parecem estar a ser criadas trincheiras para esgrimir modelos ao ponto de se ter perdido a capacidade de comunicarmos socialmente para construir uma ideia global para a Madeira, ou seja, de equacionar as valias de outras perspectivas. Há que ir além dos eventos de cosmética, valorizar e dar oportunidades às soluções que podem vir de fora das fronteiras dos grupos estruturados. E já vi isso acontecer. É possível.

 

Marco P. Freitas

publicado por Marco Freitas às 12:14

03
Jun 14

Foi com um enorme prazer que voltei ao meu Colégio Infante D.Henrique (Monte,Madeira) para falar de comunicação e das profissões relacionadas, como é o caso do jornalismo. 

 

Uma iniciativa que decorreu no quadro da Semana das Profissões organizada pela Associação de Pais daquele Colégio, com o objectivo de proporcionar aos jovens alunos que se preparam para o secundário uma percepção mais real das futuras opções vocacionais. 

 

Um evento que mereceu cobertura da imprensa regional, antes e depois. 

 

publicado por Marco Freitas às 15:15

28
Mar 14

 

 

Sempre olhei para a fotografia no jornalismo como uma peça, quase sempre, complementar e determinante dos conteúdos informativos de uma notícia.

 

Mas, também sei que a fotografia pode ser o centro ou o motivo de uma notícia, como se tem confirmado, por exemplo, no decorrer do anos, com o espaço dedicado pelas agências noticiosas à foto.

 

Embora a tendência ainda assinale uma maior dedicação à informação escrita, há cada vez mais jornais a dar um crescente destaque às fotos, aumentando o seu número por página ou a sua dimensão.

 

A causa principal: a Internet.

 

A Rede Social, o efeito Big Brother, o Jornalista-cidadão, são dimensões da sociedade que têm vindo a alterar a forma de se fazer jornalismo, quiçá a própria essência do jornalismo. A necessidade de afirmação pessoal, semeada pelo mediatismo e pelo reconhecimento viral, tem potenciado o uso da imagem e do vídeo. Infelizmente, também tem potenciado a deturpação informativa e até a mentira.

 

Parece plausível aceitar que esta supra-influência da Internet também se estenda ao fotojornalismo. A fotografia, a imagem, nunca foram tão valorizadas como fonte de informação. E esse poder, como se sabe, pode distorcer. Veja-se o caso da foto do menino encontrado perdido sozinho no deserto, recentemente publicada e disseminada pela rede social. Só depois de largamente percepcionado o erro da foto publicada, com uma perspectiva diferente, provocando uma outra interpretação da realidade – o menino só se tinha afastado um pouco do grupo – é que a verdade foi reposta. Mas será alguma vez realmente reposta? A correcção feita fará o mesmo caminho que a foto inicial?

 

 

 

 

Admito ter mais perguntas do que certezas sobre o papel do fotojornalismo nos dias de hoje, na essência, porque nunca surgiu o interesse ou mesmo a necessidade de me dedicar ao tema em particular.

 

A razão porque resolvi dedicar algum tempo e leitura ao tema, tentando preencher lacunas de conhecimento na área, foi a foto publicada pelo Diário de Notícias da Madeira, no dia 17 de Fevereiro (na versão online) e no dia seguinte (na versão em papel), com o Presidente do Governo Regional “agachando-se” e o Presidente da Câmara Municipal do Funchal aparentando pontapear o primeiro, registada numa iniciativa oficial dos Bombeiros Municipais do Funchal e no âmbito da qual as declarações das entidades oficiais presentes foram politicamente fortes.

 

A minha primeira reacção à foto em questão foi de total espanto, naquilo que, instintivamente, considerei ser um atropelo grave à ética jornalística, porque, em suma, valorizava uma visão satirizada da política actual na Madeira, não correspondendo de todo aos conteúdos e discursos vertidos na notícia, bem como à dignidade do evento a que foto foi associada.

 

Tanto nas redes sociais como na página online do DNM, eu e muitos outros assumimos o desagrado pela opção editorial, num sinal de alerta que a determinada altura, pelo impacto que gerou, poderia ter demovido os editores de publicarem a foto na versão em papel, sem que isso significasse qualquer sintoma de censura ou auto-censura. A decisão editorial foi a de manter a mesma foto na edição em papel, provavelmente num misto de reacção-provocação, ao debate que surgiu em seu redor.

 

Nada tenho contra a foto em si mesma.

 

Parece ser um trabalho feliz do fotógrafo que, propositadamente ou não, consegue satirizar uma perspectiva da política regional presente. Como tal, a sua utilização pública não está em causa. Entendo, no entanto, que existem espaços editoriais próprios para este tipo de fotografia, ou sejam: as revistas semanais com espaços dedicados ao “gozo das figuras públicas”, os jornais partidários, os populistas ou exclusivamente satíricos.

 

Como será consensual, o corpo principal e diário do DN Madeira, salvo informação de que alterou o seu estatuto editorial, felizmente não prima(va) por este tipo de jornalismo ou fotojornalismo. A leitura diária deste jornal regional assim o testemunha.

 

Pelo que, devo dizer, tentei encontrar nas minhas leituras a justificação para a opção editorial do DN Madeira que, como verificamos nos comentários públicos, para alguns rondou a má educação e para outros a falta de ética e até a falta de gosto. Para mim, a razão principal da escolha da foto enquadrou-se na campo da provocação política, fruto do despique alimentado pelo DNM e por uma facção do PSD-M. Assim, via-a como uma anormalidade informativa na norma que marca o dia a dia do Diário.

 

É por causa de situações como esta que, agora como antes, insisto em perguntar se há necessidade de fazer o jornalismo e os jornalistas pagarem um preço tão alto para que as razões do DNM ou de AJJ vinguem?!

 

Até porque, também no plano meramente político, um palco translúcido a vários níveis, a foto pode ser vista como uma falta de respeito pelas instituições representadas e pela corporação de Bombeiros, que deveria ter sido o centro da notícia. Tendo em conta o savoir-être do actual presidente da Câmara do Funchal, creio que nem mesmo ele terá ficado satisfeito com a opção do DNM.

 

Apesar de não passar de um simples observador de bancada da política regional, tenho dúvidas de que a tónica vencedora que a oposição quer manter na Região, com o objectivo de destronar o PSD-M, precise de um jornalismo jocoso. Se precisa ou pretende de alguma forma explorá-lo - como vemos em alguns políticos – que tipo de considerações se deverão fazer sobre a qualidade dos quadrantes políticos com que vamos ter de lidar no futuro?!

 

Mas o que aprendi sobre o fotojornalismo?

 

Ao passar pelo wikipédia e por alguns livros e textos de comunicação social online, pude concluir que o fotojornalismo é “um ramo da fotografia onde a informação clara e objectiva, através da imagem fotográfica, é imprescindível”. Pode até considerar-se como uma especialização do jornalismo.

 

Aprendi que a fotografia nos meios de comunicação tende a ser vista como fonte de informação porque possui uma enorme capacidade para transmitir mensagens, proporcionadas pelo enquadramento escolhido pelo fotógrafo diante do acontecimento.

 

Se aceitarmos que se verifica um “endosso de informação” constante das fotos, tanto nos jornais e revistas como na internet,  há perguntas que se impõem: qual informação subjacente proporcionada pela foto do DNM à reportagem? A intencionalidade daquela publicação terá sido assim tão diferente da que regeu a publicação da foto de Hugo Chaves entubado e que o El Pais teve de a dar como falsa?  Ou mesmo da foto que correu mundo do Sandy a pairar sobre a Estátua da Liberdade, numa junção de duas fotos reais mas acontecidas em momentos e lugares diferentes?

 

 

 

 

 

Manuel Correia, fotojornalista do Jornal de Notícias, numa apresentação sobre o tema afirmava que “o fotojornalista é visto como alguém que se furta ao convencional; ao social  e ao politicamente correctos”, defendendo que, por vezes, há que “fugir à ortodoxia e à normalidade, embora sem desvios éticos e de deontologia para se conseguir desempenhar a missão”.

 

Posto isto, diria que a foto de Jardim vrs Cafofo, foge ao convencional, ao politicamente correcto e até à ortodoxia. Mas, pergunto, foi uma publicação sem “desvios éticos e deontológicos”? Cumpriu a “missão”, na palavras do fotojornalista, cujo trabalho é o de “favorecer a visibilidade do real acontecido”?

 

 “A máquina fotográfica chega a ser tão perigosa como uma arma”, diz Manuel Correia. Definição com que muitos certamente concordarão mas que parece contradizer a essência pacificadora do jornalismo, sustentada nas ideias da transparência, do esclarecimento, da partilha de liberdade... Em suma, o jornalismo, o fotojornalismo também pode ferir... E não fará mais do que isso quando um “repórter tem a sua ‘janela de observação’ na sociedade onde ele próprio se insere e se movimenta, numa relação comunicacional quotidiana”? O especialista não enjeita o papel activo do fotojornalista na sociedade, pois estão “subordinados à lógica dos acontecimentos e, assume, que “também condicionamos essa mesma lógica”.

 

A definição de fotojornalista de Mário Correia não tem zonas cinzentas: “Na essência, somos jornalistas de corpo inteiro, talhados para a notícia, para a reportagem, para a entrevista. Não somos fotógrafos no sentido mais pragmático e clássico do termo, cujo fim é a fotografia em si mesma...” Assim, “a razão de ser da “fotografia de imprensa” é o jornalismo.

 

 

Pessoalmente, penso que a fotografia no jornalismo deverá ter uma vida partilhada com o texto. Pode querer mandar na relação mas se optar por se separar do texto, o seu objectivo e função passará a ser diferente daquele que é a sua missão de informar. Pode ser fonte de informação, notícia, mas deixará de ser produto ou criação jornalística. Fica em causa a essência informativa pois desenvolverá o gosto pela promoção de outras mensagens intrínsecas ao conteúdo registado. Será um facto, um agente criador de notícia, com os riscos daí inerentes. A este propósito, recordo a não-notícia provocada pelo efeito de óptica de uma foto tirada a um navio que rebocava outro nos mares de Canárias e que gerou a informação de um que avião tinha amarado naquele arquipélago (27 de Março de 2014).

 

Para o autor, o que o legitima como jornalista “é que ele escolhe ‘isto’ e não ‘aquilo’ no momento de registar “o que merece ser notado” e de ser notícia. Mas, por seu turno, Michel Guerrin, crítico fotográfico do “Le Monde” é de opinião que “quem decide que fotos se publicam não é quem tem o conhecimento”. Logo, a tendência para descontextualizar a foto da notícia será crescente, ainda por cima se tivermos em conta que por motivos de gestão de custos os jornais estão optar pelo outsourcing na fotografia. Não será o fim do romantismo no jornalismo fotográfico?

 

 

 

No caso em apreciação, embora a espontaneidade aplicada para registar aquele momento, o enquadramento e a perspectiva tivessem sido escolha e proposta do fotógrafo, que disponibilizou o resultado do “clic” à redacção, a opção de publicação foi editorial e responsabilidade máxima do título que a promoveu.

 

E assim, como se costuma dizer:”É o jornalismo. Estúpido!”

 

Marco P. Freitas

 

publicado por Marco Freitas às 16:13

13
Fev 14

 

 

Hoje é Dia Mundial da Rádio... Com o advento da internet, este meio de comunicação ganhou nova vida...

 

Encontrei um vídeo no Youtube sobre a História da Rádio que gostaria de partilhar...

 

 

 

 

 

publicado por Marco Freitas às 11:43

30
Jan 14

 Um percurso paradigmático

 

 

Como vem sendo hábito, anualmente, gosto de partilhar o resumo do que aconteceu na comunicação social portuguesa no ano que terminou. Respondendo ao desafio e amável convite do Diário de Notícias da Madeira, já partilhei a minha opinião sobre o que mudou (ou não) em 2013 na comunicação social regional.

 

Ao longo de 2013, fui registando as notícias sobre este sector importante de actividade, quer em termos económicos como sociais. Deste registo, seleccionei 124 títulos de notícias, de 7 meios de comunicação social escritos, portugueses e não só, durante todos os meses do ano.

 

O resultado da pesquisa fala de um ano difícil, complexo, com notas muito negativas e outras com um tom de esperança para o sector. Procurei, com a selecção feita, transmitir precisamente esta ideia com que fiquei da vida da comunicação social em 2013.

 

Na Madeira, assistimos a mais do mesmo no que respeita à disputa entre o Diário de Notícias da Madeira e o Governo Regional/Jornal da Madeira, com o desemprego a chegar ao jornalismo local em força.

 

2013 foi o ano de todas as polémicas em volta da privatização e depois reestruturação da RTP, com estilhaços a chegarem à Madeira. A TSF fez 25 anos e diz-se crente no futuro, a Renascença também e o Público sorriu menos, apesar dos seus esforços de reestruturação. Falou-se do poder angolano na comunicação social portuguesa, tivemos as polémicas em volta da GfK e das audiências e ainda o estranho caso de uma autárquicas com um cobertura noticiosa atabalhoada. Tivemos greve no jornalismo e sinais de que a aposta no online pode salvar muitos títulos.

 

 

 

 

Esta é a minha recolha:

 

 

Maioria retira pressão sobre o prazo de privatização da RTP

Diário Económico, 2 de Janeiro de 2013

 

TVI vende o ano mas disputa “prime-time” com SIC

Diário Económico, 3 de Janeiro de 2013

 

RTP corta 30% a 40% no valor da grelha

Diário Económico 8 de Janeiro de 2013

 

Diocese não comenta oferta de 'JM' nas igrejas

Diário de Notícias da Madeira, 9 de Janeiro de 2013

 

Caso Samsung é uma bomba  mas estilhaços  têm curto alcance

Diário Económico,11 de Janeiro de 2013

 

Regras da conferência geraram protesto dos órgãos de comunicação

Jornal de Negócios, 16 de Janeiro de 2013

 

Media nacionais admitem avançar contra Google

Diário Económico,18 de Janeiro de 2013

 

ASSICOM desrespeitou direitos dos jornalistas

Diário de Notícias da Madeira, 18 de Janeiro de 2013

 

RTP faz “poupança significativa” com a reestruturação

Diário Económico, 23 de Janeiro de 2013

 

Privatização da RTP vai ficar à espera de melhores dias

Diário Económico, 24 Janeiro de 2013

 

RTP precisa de 42 milhões para despedir 620 trabalhadores

Diário Económico, 25 Janeiro de 2013

 

Audição da ERC sobre o JM é uma ofensa à Autonomia

Jornal da Madeira, 29 de Janeiro de 2013

 

Solução para o JM é política

Diário de Notícias da Madeira, 30 de Janeiro de 2013

 

DN-Madeira caminha para a “derrota final”

Jornal da Madeira, 30 Janeiro de 2013

 

ERC e São Bento recebem “JM” com 28 fotos de Jardim

Diário de Notícias da Madeira, 5 de Fevereiro de 2013

 

Brandia Central avança com acção contra Turismo de Portugal

Diário Económico, 5 de Fevereiro de 2013

 

Ninguém pode obrigar Jardim a cumprir

Manuel Sebastião da Adc sobre o JM

Diário de Notícias da Madeira, 6 de Fevereiro de 2013

 

Futuro da RTP-Madeira “é um grande futuro”

Jornal da Madeira, 6 de Fevereiro de 2013

 

Jornal da Madeira não faz concorrência desleal

Jornal da Madeira, 6 de Fevereiro de 2013

 

Mais uma derrota para o DN

Jornal da Madeira, 7 de Fevereiro de 2013

 

GfK tem um mês para corrigir problemas nas audiências

Diário Económico, 7 de Fevereiro de 2013

 

Anunciantes e agências ensinam mercado a pagar o preço justo

Diário Económico, 7 de Fevereiro de 2013

 

Meios portuguesesforçam acordocom o Google

Expresso, 9 de Fevereiro de 2013

 

§ divididos na hora de negociar contratos com as televisões

Diário Económico, 11de Fevereiro de 2013

 

Investimento publicitário"recuou mais de uma década em Portugal"

Jornal de Negócios, 22 de Fevereiro de 2013

 

TSF faz 25 anos confiante na viabilidade da estação

Diário Económico, 28 Fevereiro 2013

 

No prazo  limite  painel da Gfk ainda  não é consensual

Diário Económico, 1 Março de 2013

 

ETV e Porto Canal exigem condições iguais às dos generalistas na AR

Diário Económico, 5 de Março de 2013

 

RTP aprova plano de reestruturação até 15 de Março

Diário Económico, 6 de Março de 2013

 

Dirigente do PSD-M lança novo jornal

Diário de Notícias da Madeira, 9 de Março de 2013

 

Reestruturação do “Público” custa 2,8 milhões de euros

Diário Económico, 11 de Março de 2013

 

Dois anos é um prazo curto para converter o ‘Público’ para digital

Diário Económico, 12 de Março de 2013

 

Marktest lança Bareme de imprensa digital

Diário Económico, 13 de Março de 2013

 

TVI é o canal que mais perde com painel renovado

Diário Económico, 13 de Março de 2013

 

Jornal no Meo kanal

Jornal da Madeira, 15 Março 2013

 

“CM” cumpre sonho televisivo da Cofina

Expresso, 16 de Março de 2013

 

Comentadores crescem e multiplicam-se

Expresso, 16 de Março de 2013

 

TVI quer Price a avaliar audiências

Diário Económico, 19 de Março de 2013

 

Nuno Santos despedido por justa causa avança nos tribunais

Diário Económico, 21 de Março de 2103

 

Sócrates é trunfo para bater Mendes e Marcelo

Diário Económico, 22 de Março de 2013

 

Validação da Price ao painel da Gfk não deverá ter apoio da CAEM

Diário Económico, 22 de Março de 2013

 

A imprensa diária ainda é viável?

Expresso, 23 de Março de 2013

 

"Visão": liderança com 20 anos

Expresso, 23 de Março de 2013

 

Económico, RTP e Antena 1 juntos em todas as plataformas

Diário Económico, 25 Março de 2013

 

Entrevista a Sócrates aguardada com expectativa

Diário Económico, 27 Março de 2013

 

TVI e RTP em guerra com SIC por causa da medição de audiências

Diário Económico, 28 Março de 2013

 

Cabo já representa um quarto dos ganhos das televisões privadas

Diário Económico, 3 de Abril de 2013

 

Sócrates vai responder na RTP a perguntas dos espectadores

Diário Económico, 4 de Abril de 2013

 

Jornal da madeira é o maior problema na imprensa

Diário de Notícias da Madeira 10 de Abril de 2013

 

Jornais defendem que peça jornalística é uma "criação criativa e original"

Jornal de Negócios, 11 de Abril de 2013

 

Aos 76 anos o grande desafio da Renascença é económico

Diário Económico, 11 de Abril de 2013

 

“O digital vai representar 30% do nosso negócio este ano”

Diário Económico, 15 de Abril de 2013

 

Alberto da Ponte diz que condições actuais de rescisão não vão repetir-se

Diário Económico, 16 de Abril de 2013

 

Isabel dos Santos nega interesse na TVI

Diário Económico, 23 de Abril de 2013

 

CMTV fecha primeiro mês com media de três mil espectadores por dia

Diário Económico, 24 de Abril de 2013

 

Autoridade da Concorrência propõe concurso para 5ºcanal

Expresso, 27 de Abril de 2013

 

THE NEW YORK TIMES Tem nova estratégia para a área digital

Diário Económico, 29 de Abril de 2013

 

Mercado global da publicidade deverá crescer em 2013

Diário Económico, 30 de Abril de 2013

 

Guerra de audiências leva TVI e RTP a romper com CAEM

Diário Económico, 7 de Maio de 2013

 

Televisões privadas perdem 3,6 milhões em publicidade no primeiro trimestre

Diário Económico, 9 de Maio de 2013

 

Lucros da Cofina caem 11,2% no primeiro trimestre

Diário Económico, 10 de Maio de 2013

 

Diário anuncia redução do número de trabalhadores

Diário de Notícias da Madeira, 11 de Maio de 2013

 

Bloomberg s'excuse pour ses journalistes espions

La Libré, 13 de Maio de 2013

 

“Estilo” Bloomberg debaixo de fogo

Diário Económico, 17 de Maio de 2013

 

Acusações da SIC estalam verniz com TVI por causa das audiências

Diário Económico, 22 de Maio de 2013

 

RTP lucra mais de 40 milhões graças a operações extraordinárias

Diário Económico, 22 de Maio de 2013

 

RTP pede seis milhões  àtutela para cumprir plano

Diário Económico, 23 de Maio de 2013

 

Anacom recomenda "análise detalhada" do negócio a Sport TV

Diário Económico, 30 Maio 2013

 

BBC aposta na descentralização

Diário Económico, 5 de Junho de 2013

 

Poiares Maduro admite apoiar os media com fundos europeus

Diário Económico, 6 de Junho de 2013

 

RTP quer fechar nova concessão até 25 de Junho

Diário Económico, 7 de Junho de 2013

 

União Europeia de Radiodifusão acusa Governo grego de censura

Diário Económico, 17 de Junho de 2013

 

CAEM, TVI e RTP tentam consenso sobre audiências

Diário Económico, 17 de Junho de 2013

 

Candidatos às autárquicas sem debates na televisão

Diário Económico, 18 de Junho 2013

 

A greve ao jornalismo

Opinião de Miguel Sousa Tavares

Expresso, 22 de Junho de 2013

 

Facebook quer conquistar grandes anunciantes em Portugal

Diário Económico, 27 de Junho de 2013

 

"Amigos" do Facebook vêem anúncios como notícias

Jornal de Negócios, 27 de Junho de 2013

 

Socialistas querem explicações sobre RTP-Madeira

Diário de Notícias da Madeira, 2 de Julho de 2013

 

“A convergência entre televisão e rádio não vai resultar em saídas”

Diário Económico, 8 de Julho de 2013

 

De que vale um ‘briefing’ diário quando as notícias do Governo são outras?

Diário Económico, 3 de Julho de 2013

 

Cabo disputa ‘targets’ comerciais com generalistas

Diário Económico, 15 de Julho de 2013

 

RTP quer que Governo assuma dívida da Madeira

Diário Económico, 22 de Julho de 2013

 

Governo avisa RTP que tem de cumprir serviço público

só com taxa audiovisual

Diário Económico, 25 de Julho de 2013

 

SIC e TVI perdem 13 milhões de publicidade no primeiro semestre

Diário Económico, 31 de Julho de 2013

 

Jardim contra jornal único não reparte apoios

Diário de Notícias da Madeira, 2 de Agosto de 2013

 

 

DN-Funchal é caso de “terrorismo editorial”

Jornal da Madeira, 3 de Agosto de 2013

 

Jornais são bons negócios para os milionários

Diário Económico, 7 de Agosto de 2013

 

O novo casamento entre imprensa e digital

Expresso, 10 de Agosto de 2013

 

Grupos de media cortam 11 milhões no primeiro semestre

Diário Económico, 13 de Agosto de 2013

 

Reino Unido acusado de atacar a liberdade de imprensa

Diário Económico, 20 de Agosto de 2013

 

Televisões preparam cobertura “condicionada” das autárquicas

Diário Económico, 26 de Agosto de 2013

 

“Há jornalistas dispostos a fazer favores a amigos”

Entrevista a António Cunha Vaz

Diário Económico, 29 de Agosto de 2013

 

“Decisões sobre o futuro da RTP têm a data limite de 20 de Setembro”

Entrevista a Alberto da Ponte

Diário Económico, 2 de Setembro de 2013

 

PS e RTP em conflito por causa de novo programa de entrevistas

Diário Económico, 4 de Setembro de 2013

 

CNE diz que entrevista a Passos não deve ocorrer antes das eleições

Diário Económico, 6 de Setembro de 2013

 

 

BCP e BES fecham acordo com Oliveira para a Controlinveste

Diário Económico, 10 de Setembro de 2013

 

Decisão polémica das televisões podia ter sido evitada pelo Parlamento

Artigo sobre a cobertura das autárquicas

Diário Económico, 11 de Setembro de 2013

 

Mosquito quer participação igual à de Oliveira na Controlinveste

Diário Económico, 12 de Setembro de 2013

 

TDT não é “saída de emergência” para a RTP

Diário Económico, 20 de Setembro de 2013

 

CMTV ultrapassou TVI 24 e RTPI em quatro meses

Jornal de Negócios, 26 Setembro de 2013

 

CNE abre 76 processos contra meios de comunicação

Diário Económico, 27 de Setembro de 2013

 

Operadores asseguram um terço das receitas comerciais da RTP

Diário Económico, 2 de Outubro de 2013

 

RTP já tem contrato mas continua sem financiamento

Diário Económico, 10 de Outubro de 2013

 

‘Financial Times’ inicia revolução digital

Diário Económico, 11 de Outubro de 2013

 

Regionalização da RTP-M só depois de Jardim sair

Diário de Notícias da Madeira, 13 de Outubro de 2013

 

Cada família vai pagar 34 euros pela RTP em 2014

Diário Económico, 14 de Outubro de 2013

 

Rádio pública já indicou jornalistas para mobilidade interna

Diário Económico, 17 de Outubro de 2013

 

Fundador do eBay apoia novo projecto de media

Diário Económico, 22 de Outubro de 2013

 

Quem controla a voz mais hostil da imprensa angolana

Diário Económico, 22 de Outubro de 2013

 

Media Capital "rentabiliza" produtos Televisivos no digital

Diário Económico, 28 de Outubro de 2013

 

Publicidade em televisão deixa de cair pela primeira vez em cinco anos

Diário Económico, 29 de Outubro de 2013

 

 

Marinho Pinto quer criminalizar “corrupção informativa”

Diário Económico, 5 de Novembro de 2013

 

Fosso entre redacção e direcção de informação da RTP  aumenta

Diário Económico, 6 de Novembro de 2013

 

Serrão aperta ministro com situação do JM

Diário de Notícias da Madeira, 8 de Novembro de 2013

 

“O anúncio da morte da televisão foi claramente exagerado”

Diário Económico, 15 de Novembro de 2013

 

Jornalistas são uma das faces mais expostas da tensão social

Diário Económico, 19 de Novembro de 2013

 

Magno garante que a ERC ganhou confiança no sector

Diário Económico, 21 de Novembro de 2013

 

Depois de entrar na Controlinveste, Mosquito vira atenções para a TVI

Jornal de Negócios, 27 de Novembro de 2013

 

Dança das cadeiras nos grandes grupos de media agita sector em crise

Diário Económico, de 28 Novembro de 2013

 

Negócios dos media perdeu 117 milhões em cinco anos.

Diário Económico, de 29 Novembro de 2013

 

Carrapatoso e Relvas querem lançar novo jornal

Expresso, 30 de Novembro de 2103

 

Marcas de informação precisam de "mais agressividade" no digital

Expresso, 7 de Dezembro de 2013

 

Novo Conselho Geral da RTP será renovado de três em três anos

Diário Económico, 18 de Dezembro de 2013

 

Privatização cancelada dá lugar a longa reestruturação

Sobre a RTP

Diário Económico, 26 de Dezembro de 2013

 

 

 

publicado por Marco Freitas às 14:15

14
Jan 14

Aceitei o desafio do Diário de Notícias da Madeira para fazer um breve balanço "ao que mudou" na comunicação social regional em 2013. 

 

O resultado é este. Agradeço ao DNM a oportunidade de poder partilhar as minhas ideias para o sector, em particular aquela em que me bato pelo encontro de todos para definir uma solução equilibrada para esta área na região. 

 

Como habitualmente, irei percorrer o ano da comunicação social portuguesa através dos títulos e artigos que foi recolhendo e registando em 2013. Será em breve, num dos próximos post do blog. 

 

 

 

 

O que mudou na comunicação social regional em 2103?

 

Muito pouco mudou na comunicação social regional em 2013. Vimos um sector em curva descendente, que sofre de um enfraquecimento generalizado e de uma enorme falta de vontade para alterar o status quo vigente.

 

A guerra de trincheiras travada pelos dois principais jornais madeirenses, cada um representando diferentes visões da sociedade, da política e da forma de ver o papel da imprensa, é paradigma maior da incapacidade para encontrar uma solução ampla para a comunicação social regional. Que digam os muitos jornalistas despedidos!

 

Vivemos tempos de mudança e temo pela incapacidade de reacção. Estamos no tempo das redes sociais, do online que convida o cidadão-jornalista a sobrepor-se ao jornalista-cidadão. Vivemos o tempo em que todos parecem saber mais de jornalismo do que os próprios jornalistas. Vivemos um momento de grau zero que tem encruzilhadas por resolver: a do mercado publicitário, a da falta de confiança dos públicos, a dos excessos editoriais e das tendências politizadas.

 

Os modelos de sustentação económica das empresas de media estão a ser reavaliados. A deslocação para o digital avança inexoravelmente. Falo por mim: quero mais e melhor jornalismo porque é preciso travar e corrigir o ruído criado pelas redes sociais. Por isso, nunca foi tão importante contar com a intervenção do jornalismo equilibrado e lúcido.  

 

Mas isto será possível numa Região onde os protagonistas e decisores se refugiam nas suas razões, sem nada fazer, apesar de assumirem em vários fóruns que os problemas estão identificados, que é preciso gerar mecanismos de defesa do jornalismo, dos seus profissionais e das empresas do sector?

 

Uns pedem a privatização da comunicação social, outros convivem com uma liberdade de imprensa que aceita audiovisuais públicos e desconfiam da imprensa pública, quase todos acham que só os media públicos são politizáveis, numa espécie de debate que decorre de forma circular, redutora, anacrónica, degenerando numa Babel explosiva. 

 

Ao Diário, que muito tem pugnado por um outro jornalismo na Região, creio que é legítimo pedir mais, devido à sua experiência, pelo papel de formação de consciências que teve e tem na Região, pelos avanços tecnológicos que trouxe e por saber que muitos vão consumir um Diário mais construtivo. Confio que conseguirá, mesmo com uma equipa reduzida e a enfrentar medos.

 

Marco P. Freitas

Assessor de Informação

 

Número

 

105

Este é o número de países a partir dos quais o dnoticias.pt teve visualizações online, em Novembro, quando a Madeira esteve sob alerta vermelho devido ao mau tempo.

 

Duas notas sobre esta escolha: (1) o número atesta indubitavelmente o alcance que uma publicação regional online pode atingir. Algo a ter em conta pelos anunciantes; (2) Tal dimensão implica uma enorme responsabilidade. O que se escreve já não é só visto no nosso pequeno mundo. Logo, as consequências de um trabalho menos rigoroso podem atingir dimensões de desastre. Ao invés, um trabalho de qualidade pode gerar efeitos positivos para as publicações.

 

Frase

 

Foi-me pedida uma frase para simbolizar a comunicação social de 2013. Mas, na pesquisa encontrei duas, curiosamente proferidas no mesmo dia do ano, sobre temas que têm marcado o sector na Região e mundo fora.

 

 

Diário de Notícias da Madeira, 11 de Outubro de 2013

Ricardo Miguel Oliveira, por altura do aniversário do DNM

 

“Não poderemos continuar a ir a tudo o que é agendado, se quisermos concentrar atenção naquilo que faz a diferença e nas notícias com valor acrescentado.”

 

Diário Económico, 11 de Outubro de 2013

 

“O Financial Times (FT) anunciou no início da semana que vai passar a dar prioridade à sua edição digital...e ajustando as horas de fecho às de maior tráfego nos sites de informação.”

publicado por Marco Freitas às 10:54

10
Set 13

 

 

 

 

A situação é curiosa: uns – a CNE – parecem viver ainda no século passado e não se aperceberam da evolução dos meios aos dispor da propaganda e dos partidos e candidatos a cargos públicos; outros – as TV’s, num raro momento de concertação (outras situações mereceriam essa parceria) decidem em prol de critérios editoriais e gestão de quadros que não vão acompanhar a campanha autárquica que decorre antes das eleições de 29 de Setembro de 2013. Um gesto livre mas que simultaneamente se reveste de um tom anti-democrático.

 

Só umas breves dúvidas:

 

1 – E se, de uma forma geral, a campanha de muitos partidos for notícia?

 

2 – Esta opção não estará a negar tempo público aos candidatos menos famosos?

 

3 – Esta medida não estará a incentivar à realização de campanhas mais radicais para chamar a atenção dos media?

 

 4 – À pala desta birra (que tem sentido) com a CNE, as TV’s não estarão a rejeitar o seu papel de ligação com os públicos em geral?

Ouvida algumas das explicações sobre os imensos meios online, com destaque para as redes sociais, como forma de comunicação politica, esta posição das televisões configura uma negação do seu papel de meio de comunicação de massas, afirmando que essa comunicação já é feita pela internet... Ora, o que não é verdade num País como o nosso... Essa desculpa seria aceitável, em particular numas eleições tão locais como estas, se todas as aldeias do País tivessem acesso à internet e aos meios online que a maioria das cidades tem e se os portugueses tivessem capacidade monetária para estar tão acessíveis como fazem crer...

 

Por fim, tenho dúvidas de que este “boicote” se mantenha. Veremos... 

 

 

Link a consultar 

 

Notícia RR: 

Televisões põem-se de fora da campanha eleitoral autárquica

publicado por Marco Freitas às 10:40

09
Set 13

De regresso ao activo, estive a rever um texto rabiscado pelo início de Agosto. Opto por publicá-lo porque no meu entender o tema não perdeu actualidade...

 

 

 

A recente crise política que assolou o País e lançou a dúvida, interna e externa, sobe a nossa capacidade de voltar com competitividade aos mercados deixou patente várias fraquezas do nosso regime político e social.

 

Entre as “vítimas” desta crise - umas mais evidentes do que outras -, está a horde de comentadores que povoa os vários canais de televisão, de rádio e a imprensa portuguesa.

 

Porquê? Porque ao desempenhar o papel de guardiães do status quo não estiveram à altura da situação e revelaram, de forma confrangedora, enorme dificuldade em acompanhar os acontecimentos e comentá-los com a acuidade e perspectiva que se impunha.

 

É óbvio que este embaraço jamais seria amplamente comentado pois seria um sinal de fraqueza que os MCS não poderiam admitir aos seus comentadores. Mesmo assim, em modo surdina, alguns comentadores deixaram sair um desabafo sofre essa mesma dificuldade.

 

Aliás, a impotência e a incongruência  de muitos dos comentadores foi tão evidente que um dos argumentos utilizados amiúde foi de que o que estava a acontecer rompia com as regras e os cânones da política nacional. Como se os tempos vividos hoje fossem um convite à sua manutenção!

 

Tendo em conta que há algum tempo pretendo abordar, ainda que de forma breve, as valias do comentário e dos comentadores para os meios de comunicação social e, em última instância, para a opinião pública, a crise politica e o caos que gerou no mundo mediático criou a oportunidade certa para o fazer.

 

O que assistimos só veio confirmar que esta espécie de mundo complementar das notícias há muito que deixou para trás a naturalidade e a utilidade que sugeria trazer a quem procura mais do que “uma explicação sem perspectiva” dos acontecimentos.

 

Uma questão à qual não consigo ficar alheio pois em tempos fui comentador de actualidade da RTP-Madeira e na TSF-Madeira e articulista em jornais como o Diário de Notícias da Madeira, Jornal da Madeira e Notícias da Madeira, para além colaboração pontual em jornais de Braga. Experiências fantásticas que me proporcionaram um conhecimento próximo desta realidade.

 

A uma escala regional permitiu-me perceber de que forma é que a nossa opinião influencia e o estatuto público e social que a nossa presença assídua como comentador acaba por nos ser atribuída.

 

Aquilo que sabia em teoria e da leitura especializada, foi sendo confirmado paulatinamente, à medida que o meu tempo de exposição mediática crescia, ou seja: o palco dos MCS imputa-nos credibilidade e saber. Cientes disto, tenho dificuldade em entender o comentário irresponsável, injusto e truncado.

 

Há quem aponte para uma profissionalização  do comentário e do comentador mas, sobre este tema sou de opinião, a exemplo de outros, de que há muitas linhas de orientação por definir de maneira a poder-se falar de um comentário profissional, e tendo dúvidas de que essa realidade se concretize, já que na sua maioria os comentadores são profissionais registados e activos noutras funções e actividades.

 

Mesmo assim, concedo que se possa falar de um comentário profissional e não de um comentador, tendo em conta que muitos dos comentadores, por exemplo, de matérias políticas, são excelentes e habituais tribunos nos Parlamentos ou nos seus palcos partidários – razão também porque são convidados ao comentário – estando capacitados para com conhecimento de causa proporcionar perspectivas a uma notícia ou evento politico.

 

Esta proximidade entre a realidade e a oportunidade do comentário chocará com o carácter independentista que os meios de comunicação ou os próprios comentadores advogam.

 

Apesar de muitos comentadores pugnarem pela ideia de que falam por motu proprio e não em nome de um qualquer interesse, basta ver as “fugas de informação” estratégicas de Marques Mendes sobre a politica do actual Governo para perceber que não é bem assim.

 

Haverá sempre um interesse comum que traça lógicas no palco do comentário e opinião mediática, caso contrário o “opinador” guardaria as suas ideias para o seu circulo fechado de amigos.

 

O cenário actual é complexo e introduziu uma forte distorção na realidade noticiosa, em particular quando se vê um comentador a dar notícias em directo nos meios de comunicação social.

 

Distorção agravada porque o comentário não é mais um complemento ou extensão da notícia mas das arenas politica, económica, desportiva e social do País.

 

Se influencia? Claro que sim. Estamos a falar de comentadores que são pessoas bem colocadas, com conhecimento de causa, introduzidas e apoiadas pela credibilidade de um meio de comunicação social.

 

É positivo? Depende do ponto de vista. Penso que foi durante muito anos e que em casos excepcionais ainda o é... Contudo, actualmente, acho que a panóplia de comentadores e de programas de comentários existente só contribui para tornar mais ruidosa a percepção da notícia e das realidades envolventes.

 

A proliferação de programas de debate, com a presença de comentadores residentes e alguns convidados (quase sempre os mesmos) é do meu ponto de vista um mal menor pois potencia o diálogo e não o monólogo características dos comentadores únicos, aos quais lhes é permitido fazer uma gestão das mensagens a transmitir, praticamente sem contraditório imediato. 

 

Creio que a crise que está a atingir com força os media, começará a pedir uma melhor gestão dos custos aos meios de comunicação, com efeitos nos contratos faustosos celebrados com alguns comentadores. Acredito que a tendência será para o recurso a comentadores menos onerosos, talvez tecnicamente mais qualificados, embora menos atraentes e mediáticos para as audiências. Se assim for, o caminho será o da qualidade, com algum impacto negativo nas audiências mas recuperável no futuro, com benefícios para todos. 

 

publicado por Marco Freitas às 10:45

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