Comunicar pode ser fácil... Se no tempo que a vida nos permite procurarmos transmitir o essencial, desvalorizar o acessório e contribuir, num segundo que seja, para que a mensagem se assuma como tal e não como um universo de segredos...

19
Mar 08
Fui informado, por quem de direito, que o “off” realizado pela SIC sobre o homicídio da Ponta do Sol resultou menos bem porque houve um engano no registo ao nível das imagens tendo passado em pano de fundo o Parlamento Regional. Errar é humano e só se molha quem anda há chuva. Sem dúvida…

Respeitando o espírito deste blog, (de aceitar a crítica e valorizar a diferença de perspectiva e de opinião) é importante que se diga que o erro nunca foi atribuído aos correspondentes do canal da Região – pessoas por quem tenho a maior estima pessoal e profissional – mas sim à edição nacional. Não podia ser de outra forma e para quem acompanha esta actividade com alguma distância e seriedade não deve pensar outra coisa.

Uma leitura atenta ao meu comentário permite identificar quem são os responsáveis, materiais e morais, por acontecer situações semelhantes, tantos nos canais de televisão ou de rádio e nos títulos impressos. Para que fique claro: as chefias editoriais que elegeram o jornalismo “sanguinário” como prioridade e os políticos que alimentaram este tipo de jornalismo com as suas posturas e estratégias.

Como tal, servir-se do comentário feito neste blog para denegrir a imagens daqueles profissionais madeirenses é de muito mau tom e muito certamente revelador da sede destrutiva que alimenta a sociedade de hoje… Ser construtivo é muito raro nos dias de hoje e muito pouco valorizado. Prefere-se dar prioridade à mesquinhez, à critica destrutiva, ao denegrir quem não pertence ao mesmo tipo de esquema conspirativo e socialmente dependente de pequenos gurus da verdade.

Aprendi a lição, serei ainda mais claro nos meus comentários para evitar aproveitamentos descontextualizados com fins mesquinhos de prejudicar esta ou aquela pessoa. Não é o objectivo deste exercício de cidadania que é o *astrisco*, ao contrário de muitos outros blogs que pululam por aí.

Quanto ao tom irado com que tenho vindo a manifestar opinião no meu blog está muito relacionado com a passividade com que se olha para o dia-a-dia, sem vontade de fazer e de dizer mais, sem procurar soluções para os mais pequenos e os maiores problemas. Encontramos alguma denúncia, é verdade; mas sem acção correspondente. Isto não é frustrante quando vemos uma região a precisar de reacção, quando vemos uma país em curva descendente e sem soluções no horizonte?

O que aconteceu na SIC acontece inúmeras vezes noutros meios. Este caso foi somente utilizado como exemplo daquilo que se tem passado em termos de jornalismo nacional em relação à Madeira. Há outros melhores reconheço, mas o facto de ter acontecido num dos canais mais rigorosos do nosso panorama chocou-me e deixou-me preocupado pois as situações de contágio são bem possíveis.

Um dos alvos de que falo, verdadeiramente responsável por se ver um jornalismo que politiza tudo o que acontece na região é, precisamente, todos os políticos na região e no país que tratam da Madeira sob esse prisma.
A Madeira é muito mais do que a sua vida política…. Todos concordarão. Mas então porque se faz tão pouco para dizer ao Continente que olhe para nós com outras perspectivas? Todos devemos fazer um pouco para que essa ideia mude e, da minha parte, este é o meu singelo contributo: o alerta de situações pouco correctas.

Foi um engano, um erro editorial despropositado. Até podia não ser! A SIC está no direito que colocar as imagens que bem lhe aprouver para acompanhar qualquer “off” ou peça jornalística.
Mas este engano reflecte estereótipos subjacentes sobre a visão de há da Madeira. Se houve uma grande dose de inconsciência nesta falha não podemos falar de outras da mesma forma. Fará algum sentido que seja a figura do presidente do Governo Regional a aparecer numa fotografia numa peça de um qualquer diário cujo tema é o impacto de uma actividade económica na Região? Para quem vê o mundo sob o signo da política, talvez. Para quem precisa de se mostrar a outro nível é absolutamente redutor porque encontra uma barreira para mostrar aquilo que a Região é e o que pode ser.

Infelizmente, muito do jornalismo nacional que se faz sobre a Madeira está reduzido à política e à desgraça. E nisto, a par das chefias editoriais nacionais, as entidades governativas regionais têm uma enorme responsabilidade pois nunca foram capazes de colocar em prática uma campanha de lobby a alertar para a outra Madeira. Contra factos não há argumentos… Se a Madeira não apresenta factos vencem os argumentos.

O autor do *astrisco*
Marco Freitas
publicado por Marco Freitas às 18:07

Meter água? É só isso que o caro Duarte Ferraz sabe dizer sobre esta situação? Parece pouco, não parece? Ninguém mete água quando tem opinião... Ou seja, quando para além de ter direito a essa opinião e de o usar tem coragem para o fazer. Meter água? Em relação a quê? A factos que sucederam efectivamente? Ou sobre a necessidade que tive de defender quem não ataquei e que foram, efectivamente, atacados por colegas de profissão, daqueles que estão ao virar da esquina à espera de um erro? Como negar o que aconteceu?
Mais, voltar ao assunto para dar uma outra perspectiva sobre o mesmo não é meter água... É ser-se responsável, é saber dar em liberdade e em consciência a informação necessária para quem se depara com o debate poder formar um ideia correcta... Portanto, dizer que alguém meteu água sem mais é francamente fraco, diria até que não acrescenta nada ao debate... ZIP... No entanto, folgo em saber que o nosso leitor se mantêm atento ao blog. É pena que não dê um contributo mais profundo sobre as questões que são abordadas no mesmo, com a seriedade que se pede, sempre... Ah!, já agora, desde quando é que não se pode dar uma opinião apaixonada sobre uma situação que nos irrita solenemente? Correr riscos faz parte da vida e, sim, quando erramos é preciso saber dar a mão à palmatória, na essência, porque devemos ter a consciência que aprendemos a ouvir os outros, crescemos a corrigir falhas...E a falha de atacar por atacar tem um nome e taduz muitas incapacidades... Com certeza que o caro leitor Duate Ferraz concordará comigo neste aspecto.

O astrisco
astrisco a 23 de Março de 2008 às 19:13

Meteste água, pois meteste. Isso de disparar antes de dizer «quem vem lá?» tem os seus riscos. Em suma, acabaste por cometer o pecado do qual acusas outros! Agora bate no peito: Honni soit qui mal y pense.
Duarte Ferraz a 20 de Março de 2008 às 10:54

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