Comunicar pode ser fácil... Se no tempo que a vida nos permite procurarmos transmitir o essencial, desvalorizar o acessório e contribuir, num segundo que seja, para que a mensagem se assuma como tal e não como um universo de segredos...

19
Set 11

 

 

 

 

Hoje, sábado 17 de Setembro, ser madeirense parece ser uma desonra... É a primeira tentação que temos, a de achar que somos culpados das nossas opções, porque meio mundo nos desconsidera.

 

As notícias não são boas. Na verdade, são até muito péssimas para o bom nome da Região, dos madeirenses e de Portugal. Aparentemente, até merecemos honras de referência nos mais importantes jornais do mundo, entre os muitos meios de comunicação nacionais, para não falar da panóplia de sítios na internet, desde os blogs às redes sociais. Mas a fumaça da pressão mediática vai desaparecer, apesar das consequências que provocam...

 

Pior é a essência de tudo o que envolve todo este problema. E se a crise já era razão de sobra para nos preocuparamos com as merecidas medidas de austeridade, o que a Madeira não precisava, nem Portugal, era de ser conotada com uma imagem de pouco transparente no tratamento e na divulgação das suas contas públicas. Compreendem-se as declarações oficiais e as políticas do Primeiro-ministro de Portugal. Que mais podia dizer sem comprometer toda uma enorme classe política nacional que tem feito o mesml ou pior na condução dos destinos do País.

 

Toda esta situação levanta muitas interrogações, muito além da estratégia política e financeira seguida pelo Governo da Região que, como é do conhecimento público, gerou uma divída enorme à Região. Mas se é tempo de perguntas, de pedir explicações, de exigir castigos, é também tempo de colocar todas as cartas na mesa no que respeita à relação entre o Estado e a Região, e vice-versa, e de analisar a questão da autonomia até ao seu limite. É que aqueles que tanto a defendem ironicamente podem também tornar-se nos seus carrascos. E aqueles que tanto bloquearam o seu desenvolvimento têm agora  uma uma oportunidade de se libertar da Região atribuindo responsabilidades e a assumpção dos custos de uma vez por todas, um tipo de autonomia que muitos autonomistas realmente nunca quiseram, pois as transferências do OE e a dependência do Estado sempre deram jeito.

 

Curiosamente, dei por mim a classificar o actual estado de coisas como o "efeito borboleta Socrático". A política de terra queimada iniciada por Sócrates está agora a surtir os seus efeitos.

Jardim prontamente recordou que as contas agora descobertas são resultado de engenharias financeiras feitas em resposta ao torniquete imposto pelos socialistas no Governo. Resposta plausível que não explica tudo, não justifica muitas opçoes de investimento nem contra-balança o preconceito criado em relação aos madeirenses. E se se Jardim tem razão quanto ao oportunismo polîtico em relaçao ao ataque de que tem sido alvo, jamais pode ignorar o mal-estar que a sua postura tem criado em relação à Madeira. Isso vai custar-lhe votos... Muitos.

 

No emaranhado de reacções que vi e ouvi reparei em muita hipocrisia, demagogia e em muita raiva. E, claro, oportunismo. A objectividade e bom-senso que a situação exige veio de pouca gente, talvez fruto do período eleitoral, talvez porque os sentimentos estão exarcebados, talvez porque momentos de crise como este fazem sobressair o que há de pior no homem. Eu não embarco nesta onda.

 

Repudio as atitudes rudimentares e injustas daqueles que por conveniência atacam Jardim ignorando todo o empenho que dedicou à Madeira, com sacrificio pessoal, aproveitando a ocasião para sacrificar o seu trabalho na praça pública, reescrever a história, e desconsiderá-lo no percurso que a região fez desde o 25 de Abril. Juntamente, procura-se limpar dos arquivos todo um passado de abandono e exploração da Madeira. No que puder não vou permitir que isso aconteça, independentemente de achar que Jardim já devia ter dado lugar a outro. Aliás, ele merece viver a sua vida para além do governo e da política.

 

É também altura de se discutir a questão da autonomia alargada ou mesmo da independência. Chega de hipocrisias e de teatro. Com transparência que fique bem claro que a Região nunca mais dá um tostão ao Continente e que este só se responsabiliza pelos seus serviços cá, pela defesa e negócios estrangeiros. O resto fica a nosso cargo.

 

Perdoem-me os meus amigos do continente e os que não são amigos, mas ao contrário de muitos de vocês vamos pagar alto por um défice público mas temos obra feita, temos qualidade de vida e infra-estruturas q.b.. A sério, quantos de vós que vivem fora da Lisboa ou Porto e acham que o vosso encargo na dívida resultou de investimento público e social nos locais onde vivem? Não se deixem iludir, nós vamos pagar mais do que os restantes dos portugueses pela nossa dívida, porque os nossos impostos vão subir mais e, porque (como esquecem muitos dos hipócritas da política e da opinião), na Madeira há muito que pagamos os custos da ultraperiferia. Isso tem sido menosprezado em todo esta polémica. porquê? Não há dúvidas que tivemos e temos investimentos desnecessários. Que demorou-se a mudar o paradigma de desenvolvimento, apesar das muitas sugestões e estudos. Mas também é verdade que nem todos, do partido do governo à oposição contribuiram para o desenvolvimento de novos instrumentos de crescimento económico. Basta ver que numa altura em que a Região mais irá precisar de receitas é quando se bloqueia o mais completo mecanismo de atracção de investimento externo ao nossl dispôr.

 

Mas não foi só de obras que se fez o desenvolvimento da RAM e não foi só útil para os empresários da construção civil. Lembro-me, assim de repente para as oportunidades que a RAM deu a muitos professores do continente que não conseguiam emprego no seu amado rectângulo. Certamente que estes não odeiam a Madeira como convenientemente se propala para reforçar o mal-estar entre cidadãos do mesmo País.

Lembro-me assim de repente do contributo que a Madeira dá para a indústria do turismo em Portugal.

 

As alturas de crise são as ideais para clarificar muita coisa e exigem medidas extremas. Faça-se de uma vez por todas um referendo sobre as autonomias, colocando as perguntas dificeis. Assim fica claro qual o caminho a seguir. E deixem-se de desculpas com a Constituição.

 

É tempo de clarificação e de responsabilidade. E não é só aos políticos que se deve pedir isto. Falos dos super-espertos-inteligentes-tudos resolvem comentadores nacionais, falos daqu eles que sempre beneficiaram das benesses do Governo Regional na cultura,  desporto, educaçao e em mts outros sectores de actividade e têm a distinta lata de ignorar toque também contribuiram para o "buraco financeiro" com a sua mão sempre estendida. Falo ainda da comunicação social que à pala de muitos subterfúgios éticos e editoriais esquece de fazer muitas perguntas. Uma delas seria a conveniência da publicação da nota de imprensa conjunta do INE e do Banco de Portugal. Coincidência, pouco depois de Passos ter anunciado que as contas da Madeira seriam conhecidas no fim de Setembro e de Jardim ter, prontamente, desmentido e desvalorizado. A este propósito gostava de saber o que fazem os conselheiros de Jardim que não conseguem convencê-lo que tudo tem feito para ser por a jeito dos seus inimigos...

 

As eleições serão o momento certo para avaliar e classificar a postura de todos os partidos. Mas, esperem... Não vão ser uma eleições livres. Ninguém tem dito nada contra Jardim, a abordadem dos temas tem sido totalmente favorável, os temas têm sido só os que Jardim quer. A imensidão de cartazes espalhados no Funchal de muitos partidos são ilusão de optica, a publicidade, os panfletos, os posts na redes sociais, tudo é uma enorme máquina de propaganda que só trabalha para o PSD-M.

Certo é que se Jardim mantiver a maioria absoluta é porque o processo democrático esta enviezado e os eleitores são burros. Se for ao contrário, o que teremos então? Os mesmos burros a votar na oposição? Estou curioso.

publicado por Marco Freitas às 11:17

16
Set 11

 

 

 

O debate madeirense no último Expresso da Meia-noite, da SIC Notícias pode ter sido um momento decisivo para os partidos que estiveram presentes e concorrem às eleições regionais de Outubro.

Mas, antes de abordar o desempenho dos representantes dos partidos, uma nota prévia sobre o programa e os seus condutores.

A Madeira tem estado no epicentro da política nacional, servindo de bode expiatório para os diversos partidos nacionais passarem as suas mensagens políticas e por causa da recente revelação do aumento exponencial da dívida pública regional. Tal não acontece nos Açores por várias razões, não sendo a sua dívida mais baixa a principal. Na verdade falar da Madeira é mais mediático e polémico por mais que Carlos César tente brilhar ao mandar piadas provocatórias a Jardim. Também não é o facto dos partidos da oposição estarem em vias de derrotar o PSD-M. É voz comum que os sociais democratas, quanto muito, perdem a maioria absoluta. Portanto, o objectivo de todo  este ruído à volta da Madeira corresponde a uma inutilidade incrível. Com uma excepção: está a agudizar os preconceitos entre os portugueses do continente e da Madeira.

Pode não ter sido propositado mas o que é verdade é que com a ajuda da comunicação social (por falta de visão) passou a ideia de que a Madeira é uma das principais culpadas pela divida pública nacional, chegando ao cúmulo de, pasme-se, potenciar a ideia de que é tanto responsável pela presença da Troika como pelo aumento da austeridade protagonizado pelo Governo da República.

Por isso, a oportunidade do debate não podia ter sido melhor.

Os jornalistas que conduziram o debate deram uma lição de isenção que muitos outros meios de cá e de lá não têm sabido manter na abordagem à questão da dívida.

Espero que o programa tenha tido muita audiência porque a clarividência mostrada pelos jornalistas ajudou a colocar a questão no seu devido lugar: como um acontecimento inesperado pela sua dimensão, de difícil solução e à imagem do País.

 

Quanto aos partidos e seus representantes, o que eu vi foi mais do mesmo, com algumas nuances. Vamos por partes.

Guilherme Silva, a voz do PSD-M, partia em desvantagem pelo que estava implícito no debate e pelo facto de ter de defender uma política praticamente indefensável. Para além disso, os restantes presentes era todos adversários em toda a linha.

O discurso escolhido, a postura aguerrida, o recurso ao histórico e a capacidade de bloquear algumas das intervenções dos adversários permite concluir que Guilherme Silva atenuou a desvantagem que levava de partida, chegando a espaços a utilizar muito bem as diferenças entre os adversários, nomeadamente em relação à LFR (PS e CDS) ou na questão dos valores exactos da dívida quando pedia para explicarem cabalmente as contas que faziam (como aconteceu com o CDS) deixando no ar a superficialidade das críticas.

António Filipe, representando a perspectiva do PCP, manteve um registo low-profile, até construtivo, procurando colocar-se na posição dos madeirenses, para pescar votos à esquerda mas também junto dos inconformados. Esteve particularmente bem quando f alou da LFR apontando o dedo ao PS e ao CDS. Parece-me que o deputado comunista ajudou o PCP-M a conquistar votos. Até porque se o debate era num canal nacional o facto é que o público mais importante estava na Madeira. E se Guilherme Silva tinha como objectivo combater a intoxicação pública contra a Madeira - um objectivo que deveria ser de todos - já os restantes visaram exclusivamente o ataque político a olhar para as eleições.

Carlos Pereira, representante dos socialistas, ponta de lança do partido para as matérias económicas, teve neste programa uma oportunidade única para provar as razões do PS Madeira. Habituado ao ambiente televisivo e aos palcos esperava-se um deputado super aguerrido, manipulador do tempo e do debate, impondo as suas razões. Não foi isso que vimos. Utilizou menos números que o CDS e não foi convincente, teve pouca iniciativa. Esteve cuidadoso, parecendo maduro no debate, contrastando com a prática na Região. A mensagem dos socialistas não passou porque ainda tem dificuldade em assumir-se como representante de um partido. O que nos leva a questionar a ausência de Serrão nesta oportunidade de se mostrar líder. Acredito que muitos esperavam um Carlos Pereira mais truculento. Por se ter controlado, surpreendeu.

A grande decepção e os maiores reparos são para o CDS e para a postura de José Manuel Rodrigues. Se é facto que sobre Guilherme Silva caía grandes desvantagens não é menos verdade que impendia sobre Rodrigues o chapéu da actual governabilidade do País podendo isso ter condicionado de alguma forma o seu estado de espírito. Certo é que a estratégia seguida, sustentada nas cábulas e nos números, caiu por terá quando em vários momentos o CDS foi questionado sobre a sua forma de defender os madeirenses e a autonomia. Aliás, as contas feitas a correr pareceram mal, foram um erro de comunicação facilmente desmontado por uma frase óbvia: "mas que contas são essas".... JMR não foi convincente.

O CDS perdeu votos naquele debate. Os indecisos (certamente na sua maioria do PSD) com intenção de votar CDS recuaram. A campanha feita na RAM, sobejamente construtiva, foi colocada em causa por uma postura que denegriu a Madeira. Foi interessante reparar que António Filipe soube fazer a separação entre poder e madeirenses enquanto que JMR não. Particularmente quando se sabe que está a crescer uma ideia muito negativa sobre os madeirenses... O deputado esqueceu como isso cai mal, esqueceu o efeito LFR no seu partido pela postura indecisa. Um dos  grandes desafios para o CDS Madeira era precisamente o de saber compaginar o facto de ser governo nacional e oposição ao mesmo tempo.

O CDS Madeira não sabe o que quer. Ou melhor, se sabe não o transparece e ninguém gosta de votar num partido que não se declara.

Rodrigues privilegiou o ataque fácil às propostas e soluções, muitas apresentadas na RAM. Preferiu ser um "deputado nacional" a ser político regional. Não soube nem conseguiu reagir às bocas de Guilherme Silva e repetiu a ideia dos esqueletos no armário sem concretizar. É verdade que as expectativas eram elevadas e, quando assim é, muitas vezes acabam goradas. A opinião é minha mas também de muita gente que seguiu o debate. Muitas, em conversa nem se referiram ao JMR. Pior do que isto....

 

O CDS Madeira tem de responder internamente a algumas perguntas para se poder apresentar convicto no combate político. Eis algumas:

- Quer ou não quer ser Governo na RAM?

- Para um partido de governo nacional basta ser segundo ou terceiro?

- Faz parte do leque de partidos da esquerda que assumiram que o único objectivo é retirar a maioria absoluta ao PSD-M?

- Num caso de crise política na RAM de que lado estará?

- Querendo influenciar os destinos da Madeira, não era melhor assumir-se como partido capaz de fazer pactos com o PSD-M?

 

Acredito que se o CDS soubesse posicionar o partido como potencial parceiro de Governo, assumindo-se como “controler” do PSD, alcançaria outra expressão nas urnas.

 

Marco Freitas

publicado por Marco Freitas às 10:10

07
Set 11

 

 

(artigo publicado no DNM no dia 2 de Setembro)

 

Para uma região pequena e ultraperiférica como a nossa ser competitivo num mundo globalizado e concorrencial exige uma constante capacidade de se ultrapassar na ambição e na acção. Há que pontuar nos mercados internacionais pela diferença, pela inovação e pela resposta eficaz às demandas externas. Por isso, defendo que a Madeira tem tudo a ganhar com uma promoção integrada das suas mais valias.
Paradigma desta solução foi o envolvimento de um conjunto de parceiros regionais à passagem da regata Clipper Round the World pela Madeira e a forma como valorizaram a promoção de diferentes áreas de actividade.
A visão da Associação de Vela da Madeira e da a Marina da Quinta do Lorde contagiou os restantes parceiros que vieram a dar corpo ao eixo turismo-ambiente-negócios, assegurando uma promoção ampla da Região. A este juntou-se ainda a cultura, o objectivo formação e o contributo institucional da Marinha Portuguesa e do Governo Regional.

 

O empenho da Madeira nesta recepção marcou sobremaneira os tripulantes que por cá passaram e a Organização da regata. O que poderia ter sido um mero evento desportivo tornou-se numa oportunidade de comunicação a toda a largura da realidade regional. 
Há retornos imediatos, outros de médio e longo prazo. Mas, a principal ilação a retirar é que a Madeira pode fazer mais pela sua presença nos mercados internacionais e apresentar-se, como testemunhei nos muitos comentários dos que nos visitaram, "como uma ilha surpreendente".
A divulgação internacional da prova nos media, no site oficial e outros, nas redes sociais, vai ainda potenciar mais comunicação positiva para a Região. O facto da imprensa nacional ter ignorado a passagem pela Madeira da mais longa regata do mundo, por contraste com a imprensa local, é a única nota negativa a registar.

 

Marco Freitas

(artigo publicado no DNM)

publicado por Marco Freitas às 11:49

 

 

(Artigo publicado a 2 de Agosto no DNM) 

 

Jornalismo está ferido. O rastilho foi a polémica do News of the World. Mas, segundo a BBC, outro jornal pode estar envolvido no escândalo. Ambos casos de polícia e de mau Jornalismo, são, principalmente, reflexo de uma sociedade sem norte. Em Portugal, a lista de polémicas a envolver empresas de comunicação social ou jornalistas já é considerável.

 

A abordagem do tema é complexa e polémica, como prova o argumento de que os críticos do Jornalismo são contra a liberdade de expressão. Por isso, de forma telegráfica, proponho algumas questões para reflexão:

 

- Mais do que nunca, o "4º Poder" extravasa o papel de moderador, cria e manipula acontecimentos. A pseudo-verdade veio para ficar?

 

- Andy Carvin, conhecido pela gestão que fez no Twitter da informação dos protestos no Médio Oriente e Norte de África, diz que está a analisar se "é preciso criar um produto final de toda a informação" que recolhe. É o fim dos suportes estáticos?

 

- O aumento da publicidade na NET, a efervescência gerada por blogs, sites e redes sociais (ex.:Wikileaks), são aspectos ainda por assimilar. Renato Póvoas, conceituado blogger, recorda que as "redes invisíveis ganham cada vez mais dinâmica e importância, pois existe muito ruído nos meios de comunicação social".

 

- O jornalismo de cidadão é mais do que o conceito que os media exploraram para valorizar as suas edições online. É a democratização da informação, sem a pressão das estruturas.

 

- Um estudo do OBERCOM diz que, em 2010, a leitura de jornais em várias plataformas caiu 3,5%.

 

Como muitos, posso duvidar da eficácia dos media para estar correctamente informado, mas não da importância do Jornalismo. A viver no fio da navalha, esperava um movimento de reflexão, amplo e rigoroso, sobre o seu papel na sociedade. A agenda está cheia?!

 

Marco Freitas

(artigo publicado no DNM)

publicado por Marco Freitas às 11:41

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