(Artigo publicado no DN Madeira, dia 2 de Maio de 2011)
Tem anos. Numa conferência sobre o futuro económico da Madeira, Braga de Macedo dizia que chegara a altura da Região dar, como já tinha feito no passado, mais um “salto de rã”. Isso significava que deveria forçar mais uma escala no seu desenvolvimento. A ideia ganha força aplicada ao quadro actual em que as economias se inserem: competitivo, conectado e sedento de novas soluções.
Nesta fase crítica, haverá consenso de que é preciso um melhor posicionamento internacional da Madeira e uma melhor gestão dos recursos ao seu dispôr. Soluções?! Talvez hajam algumas... Por exemplo, a ideia (pacífica?!) de que a RAM pode ter um BI único que potencie uma opinião externa, ampla e positiva, favorecendo todas as suas áreas de intervenção em qualquer mercado internacional. Ou seja, a exploração aglutinada de uma marca “Madeira”.
Há regiões muito competitivas por desenvolverem uma actividade específica e de, paralelamente, potenciarem uma série de outras que ajudam a atrair receitas. Conhecem bem estes casos quem defende a necessidade de haver um fio condutor que relacione todas as actividades económicas regionais. Por defeito endógeno, temos uma enorme dificuldade em partilhar um destino e objectivos comuns, mantendo isolada a promoção das diversas actividades económicas.
No plano estrito da comunicação, atrevo-me a sugerir que a componente “Ambiente” pode muito bem ser o suporte comum para organizar uma promoção global do nome Madeira, envolvendo as vertentes económica, empresarial, social e cultural. Tal, na presunção de que, com uma aposta forte na investigação e inovação, com um ambiente saudável e alta rentabilização dos nossos recursos, poderemos assegurar mais-valias a quem nos visita, em lazer ou negócios, criando conexões para incrementar o tecido empresarial regional.
Marco Paulo Freitas
Consultor de Comunicação