Comunicar pode ser fácil... Se no tempo que a vida nos permite procurarmos transmitir o essencial, desvalorizar o acessório e contribuir, num segundo que seja, para que a mensagem se assuma como tal e não como um universo de segredos...

30
Set 10

 

O tempo é um bem precioso para o exercício do jornalismo. Esta máxima tornou-se ainda mais palpável à medida que o desenvolvimento dos meios de comunicação online começou a obrigar os meios tradicionais a publicar os acontecimentos praticamente em cima da hora... Ou seja, se o tempo que os jornalistas dispunham para redigir um trabalho noticioso já era escasso por força da agenda, hoje em dia isso é cada vez mais raro.

 

Mas, isso significa que os trabalhos de agenda para os quais são destacados os jornalistas estão condenados a ser uma mera reprodução do que é dito pelas fontes de informação? Mais, devido à escassez de tempo e à determinação dos espaços nas páginas dos jornais ou nos alinhamentos das rádios e das televisões, os jornalistas estão a ser impelidos a não fazer perguntas?

 

Tenho para mim que, infelizmente para o sector, isto começa a ser, de facto, norma... Sendo norma, ainda bem que há excepções.

Na verdade nem todas as conferências de imprensa ou outros instrumentos usados pelos organismos para comunicar eventos são tratados da mesma forma. Existem eventos e matérias que geram grande interesse nos jornalistas, que se traduzem na realização de perguntas para além do trabalho para o qual foram convocados...

 

Há, no entanto, sectores que dificultam ou abusam do dia-a-dia dos jornalistas. Basta ver a agenda pública dos políticos e dos partidos para perceber até que ponto é que o jornalismo se vê confinado àquele mundo.... Ou também no universo do futebol.... É certo que os meios de comunicação social vivem da informação, das notícias que conseguem arrecadar, dia-a-dia... O que me parece mal é a dimensão redutora a que os jornalistas começam a ser remetidos quando têm, por dever ou por obrigação, de acompanhar as conferências de imprensa de um partido, por pouco ou por mais errado que seja o seu conteúdo.

 

Mas, mesmo sem tempo ou cansados de ouvir sempre os mesmos, acho que os jornalistas não podem abdicar da sua missão de questionar, de procurar perceber porque é que determinado assunto é tratado de determinada forma... Deve haver sempre espaço para uma pequena pergunta.

publicado por Marco Freitas às 16:13

29
Set 10

Quando arrancou, em 2006, o Porto Canal focava-se no Porto. Quatro anos volvidos, a informação regional passou a ter maior  destaque, até porque abriram três delegações a Norte, estando previstas mais extensões.

 

"Ao longo destes anos fomos construindo um projecto muito sólido. Não temos uma carreira de fundo, não é de sprint, pois vamos fazendo as coisas de forma que, cada passo que seja dado, seja o mais seguro possível", começa  por sintetizar o director do Porto Canal, Juan Figueroa Boullosa.

 

Hoje, a estação de televisão regional completa quatro anos de existência e o balanço não podia ser mais positivo.

 

O que "começou por ser um projecto focado para o Porto, pequenino, passa agora por ser, cada vez mais, um projecto de toda a região Norte", assegura o responsável, acrescentando: "Este ano, cumprimos um objectivo importante que foi abrir delegações".

 

O Porto Canal tem agora três delegações a Norte, na zona do Alto Minho, em Trás-os-Montes e na região Sousa-Tâmega, "trazendo notícias dessas zonas do Interior, que são normalmente abandonadas pelos meios de comunicação social", frisa, acrescentando "temos feito mais de 600 reportagens nestes três territórios, o que mostra que faz sentido haver comunicação do que se faz".

 

O centro do canal continua a ser "o Grande Porto, mas o próximo passa pelas delegações cobrirem todo o território Norte, daí que seja possível, a breve prazo, abrirmos delegações no Douro, Alto Cávado e no Ave, para tentar fechar toda a região".

 

Informação em alta

 

O último ano significou ainda a entrada do Porto Canal "em todos os canais de distribuição por cabo e um maior investimento na informação e em meios técnicos".

 

Entre a aposta tecnológica da estação, "está uma mochila que não havia em Portugal e que permite fazer directos com toda a facilidade".

 

Inicialmente, o Porto Canal oferecia essencialmente programas de entretenimento. Isto porque "a informação é o género televisão mais caro que existe, porque requer mais meios técnicos como humanos".

 

Actualmente, a situação inverteu-se e a informação é já um das principais apostas da estação, daí também a existência de delegações.

 

Entre as novidades informativas, o destaque vai para o magazine "Sem Perder o Norte", um formato que, segundo Juan Figueroa, "pode ser aquele que melhor  reflecte" a ideia do que é realmente o Porto Canal.

 

 "Sentimentos que as pessoas estão um pouco desligadas da região Norte, falta uma identidade. Então, com este programa pretendemos dar a conhecer a região, a sua geografia, as pessoas que estão lá e ajudar a construir a identidade, sentindo orgulho em algo concreto", explica.

 

A nova temporada traz  também outras ambições e o futebol tem um lugar especial. "Já fizemos um acordo com o Boavista para cobrirmos os jogos do clube.

 

Serão transmissões que permitam aos amantes do futebol seguir um histórico da cidade do Porto e que tem muito valor em todo o país", avança o director, entusiasmado com o futuro.

 

Graficamente, o Porto Canal surgirá agora mais colorido, "para que as pessoas percebam que o canal prossegue com força, apostando no presente".

 

O site também foi reformulado, "com um reforço no espaço audiovisual e nas notícias do Norte".

publicado por paradiselost às 09:58
editado por Marco Freitas em 25/01/2013 às 16:15

21
Set 10

Por Cleyton Carlos Torres

 

 

Nada de previsões apocalípticas ou projeções engessadas com confetes coloridos e efeitos especiais no melhor estilo cinematográfico.

 

O futuro do jornalismo não será como atualmente o conhecemos. O futuro do jornalismo será estruturado em um único e exclusivo fator: inovação.

 

Como conseguir inovação necessária para um impacto relevante? Com muito estudo e, principalmente, tempo de estudo.

 

O futuro do jornalismo será baseado na pesquisa frenética de como o jornalismo poderá mudar ainda mais a vida das pessoas.

 

A produção de conhecimento atingiu um patamar nunca antes imaginado pelo homem e terá um cenário muito mais fácil de ser mensurado e imaginado, porém muito complexo para ser descrito nos dias de hoje.

 

A imprensa não migrará para o universo digital; ela criará seus próprios caminhos e trilhas. O que deve ser feito é interromper o pensamento que cerca as mídias informativas – que se restringe apenas na busca incessante de novos modelos de receita – e focar na criação de novos produtos, serviços, conteúdos e, primordialmente, novos formatos.

 

O jornalismo deve mudar, mas não deve comprometer seus valores e princípios. Confiamos e gostamos de redes e mídias sociais, mas quando o assunto é credibilidade da informação, o consumidor de notícias ainda checa a veracidade nos meios tradicionais.

 

O jornal impresso é responsável por 50% das notícias relevantes que são divulgadas na mídia, e não será a web 2.0 que destruirá todo esse sistema de confiabilidade.

 

O resto é consequência

 

No futuro, não haverá mais uma distinção tão ampla entre impresso, rádio, TV ou internet.

 

O jornalismo será parte de um grande meio intitulado mídia jornalística. O jornalismo será um só, feito por muitos e compartilhado para todos.

 

A imprensa criará modelos inovadores de pacotes, conteúdos e distribuição, utilizando massivamente o audiovisual como fórmula base.

 

Não vamos mais querer apenas ler, assistir ou ouvir. Vamos querer fazer tudo ao mesmo tempo e, é claro, com uma interação mídia-público nunca antes imaginada.

 

O investimento em pesquisa se fundamenta na medida em que, em um curto período de tempo, haverá uma colossal descentralização do conteúdo, que passará a ter mais participação do leitor e uma queda acentuada na relevância das grandes grifes jornalísticas.

 

O conteúdo que era caro e restrito aos gigantes da mídia, hoje é acessível e de fácil usabilidade quanto à sua criação. Não seria demais, até, arriscar dizer que o YouTube é maior do que a BBC ou a CNN. São novos tempos e o jornalismo precisa se adaptar.

 

Adaptação, aliás, que só virá com investimento em pesquisa, gerando, assim, uma possibilidade real de mudanças.

 

Novos players serão criados, os conteúdos terão disponibilidades irrestritas e adaptáveis em praticamente qualquer mídia que ainda virá por existir.

 

O futuro do jornalismo se baseia única e exclusivamente em estudar seu próprio futuro.

 

Faça algo incrivelmente simples que você não precisará criar modelos mirabolantes e nem projetar visões alucinadas sobre determinado assunto.

 

Faça o jornalismo ser o jornalismo; o resto é só consequência.

publicado por paradiselost às 10:02
editado por Marco Freitas em 25/01/2013 às 16:15

18
Set 10

Luís Gonçalves da Silva, vogal da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), demitiu-se ontem por considerar que o organismo não é isento nos processos que envolvem o poder político e pede "reflexão sobre o modelo de regulação".

 

Contactado pelo CM, o presidente do organismo, Azeredo Lopes, disse desconhecer a decisão do vogal. "Está a dar-me uma novidade. É uma surpresa. Estou no Porto. Mas não vou comentar. Seria uma profunda má educação para com o o dr. Gonçalves fazê-lo", remata.

 

No documento a que o CM teve acesso, o conselheiro considera que nos processos "em que estava em causa o poder político ocorreram verdadeiras entorses às mais elementares normas procedimentais, de que o caso TVI é apenas o mais recente exemplo, o que condicionou os resultados das investigações".

 

Diz ainda o vogal: "Há muito que venho reflectindo e alertando para as situações existentes, razão pela qual a minha renúncia é uma mera consequência das posições que assumi ao longo do mandato."

 

Na carta, endereçada ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, Gonçalves da Silva sublinha que "a ERC foi e é, em muitas situações, um obstáculo à liberdade de imprensa", acrescentando que a "actual situação da ERC exibe, de forma clara e patente, as fragilidades e as ineficiências do modelo de regulação da comunicação social".

 

A Assembleia da República terá agora de nomear um substituto do conselheiro, que sairá a 30 de Setembro.

 

 

Luís Gonçalves da Silva, 41 anos, é professor na Faculdade de Direito de Lisboa, foi adjunto do secretário de Estado do Trabalho (Governo de Durão Barroso) e consultor jurídico do secretário de Estado Adjunto e do Trabalho (Governo de Santana Lopes), tendo participado, entre outras, na elaboração do Código do Trabalho.

publicado por paradiselost às 19:31
editado por Marco Freitas em 25/01/2013 às 16:16

16
Set 10

O regulador dos média considera que a Região Autónoma da Madeira, através do governo, "está a pôr em risco objectivo e grave" a pluralidade na imprensa, ao atribuir apoios financeiros à proprietária do "Jornal da Madeira", de que é accionista.

 

A posição consta de uma deliberação tomada esta quarta-feira pelo Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e surge após um pedido de parecer da Autoridade da Concorrência.

 

A ERC insta "o Governo Regional da Madeira a adoptar, no imediato, as providências necessárias e adequadas à supressão dos efeitos nefastos que a sua actuação tem produzido no subsector da imprensa diária da região".

 

Tais providências, segundo a ERC, devem implicar a distribuição não discriminatória, pelos diferentes órgãos de comunicação social, do "investimento publicitário oriundo da Região Autónoma", com base em "critérios de equidade, proporção e transparência", a bem do "pluralismo político e económico".

 

Em comunicado, a ERC insiste que a Região Autónoma da Madeira, enquanto sócia maioritária da empresa proprietária do Jornal da Madeira, deve submeter "as suas intervenções na gestão da empresa aos princípios de transparência e proporcionalidade", para garantir "a salvaguarda do pluralismo interno e da independência perante os poderes públicos".

 

O Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social determina ainda a "reformulação do estatuto editorial" do jornal.

 

Em resposta à ERC, durante as diligências processuais, a empresa Jornal da Madeira e o Governo Regional da Madeira invocaram o cumprimento estrito da lei no que toca aos apoios financeiros ao diário e aos princípios de independência.

publicado por paradiselost às 09:55
editado por Marco Freitas em 25/01/2013 às 16:16

13
Set 10

O presidente do Conselho de Administração da The New York Times Company admitiu em público, pela primeira vez, que o futuro do jornal passará pela publicação de notícias e imagens exclusivamente em plataformas digitais.

 

Durante o International Newsroom Summit, que teve lugar esta semana, em Londres, Arthur Sulzberger Jr., também editor-executivo do jornal The New York Times - uma das publicações mais influentes do mundo, fundado em 1851 -, deixou claro que o fim das edições em papel é uma tendência irreversível.

"É certo que chegará a altura em que vamos parar de imprimir o New York Times, a data não está definida", afirmou Sulzberger Jr., segundo notícia publicada no site do New York Observer – Daily Transor, sob o título Arthur Sulzberger Jr. admite o inevitável.

O executivo deixou ainda claro que já se pensa em como deverá ser desenvolvida a migração total para a Web. "Os leitores poderão ler um certo número de artigos gratuitamente, mas o volume maior de conteúdo será pago", adiantou Sulzberger Jr.

A data para esta "migração" ainda está por definir.

publicado por paradiselost às 10:49
editado por Marco Freitas em 25/01/2013 às 16:17

10
Set 10

A cooperativa de editores VisaPress recebeu em apenas um mês dezenas de pedidos de esclarecimentos e de licenças para utilização de conteúdos jornalísticos usados pelas empresas em serviços de clipping, disse à Lusa o presidente da Associação Portuguesa de Imprensa.

 

A concessão de licenças para a utilização de conteúdos jornalísticos pelas empresas em serviços de clipping começou no início de Agosto e, segundo João Palmeiro, os contactos efectuados até ao momento revelam que existe em Portugal respeito pelos direitos de autor.

 

“Temos tido imensos pedidos de esclarecimento e de concessão de licenças provenientes de diversas entidades e de pessoas em nome individual de diversas áreas”, disse, adiantando que muitos desses contactos surgem não só dos meios esperados como também de blogues e de professores universitários que pretendem saber as regras de utilização de notícias.

 

Segundo João Palmeiro, entre pedidos de esclarecimento e pedidos de licenças a Visapress já teve cerca de 50 contactos durante o Agosto, mês em que se iniciou o processo de concessão de licenças para a utilização de conteúdos jornalísticos.

 

A Visapress atua no âmbito da representação dos direitos de propriedade intelectual dos editores e produtores de conteúdos de jornais e revistas, seja em papel ou na Internet, numa primeira fase, e de todos os media à medida que se for desenvolvendo o trabalho.

 

Depois da constituição da Visapress, de uma primeira abordagem junto dos utilizadores dos conteúdos [jornalísticos] seguiu-se uma nova etapa que consistiu na criação e apresentação de uma licença que será cobrada às empresas que fazem clipping (agências de comunicação e serviços públicos).

 

O valor da licença depende da utilização de conteúdos que é feita e terá a duração de um ano.

 

A actividade de protecção dos direitos de propriedade intelectual, a cargo da Visapress foi divulgada através de uma campanha publicitária mostrando assim aos leitores que existe um sistema operativo que controla o desrespeito pelos direitos.

 

Entre os fundadores desta entidade gestora de direitos estão os grupos Impala (Focus), Lena (jornal i) Controlinveste (Diário de Notícias, Jornal de Notícias, entre outros), Económica (Diário Económico), Cofina (Correio da Manhã, Sábado, Jornal de Negócios), Motorpress (Autohoje), Impresa (Visão, Expresso) e agência Lusa.

publicado por paradiselost às 10:11
editado por Marco Freitas em 25/01/2013 às 16:17

08
Set 10

lusojornal_p.jpg

O jornal, que tinha interrompido a publicação em Julho, volta a ser publicado em França desta feita com o apoio da Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa (CCIFP).

 

“A comunidade portuguesa e as empresas franco-portuguesas não podiam ficar sem um dos principais meios de comunicação e a Câmara decidiu avançar com o projecto do LusoJornal”, afirmou hoje o presidente da CCIFP, Carlos Vinhas Pereira.

“Assim que foi anunciado o encerramento do LusoJornal, em Julho, falámos com (o director) Carlos Pereira para ver o que se podia fazer, visto que o jornal é membro da Câmara, e também para perguntar se o jornal em si era viável”, explicou o responsável da CCIFP.

“Apurámos que o LusoJornal era de facto um projecto viável, e a suspensão foi motivada apenas por uma dívida que se reflectiu depois nos pagamentos”, acrescentou também Carlos Vinhas Pereira.

“Depois do falhanço de uma televisão para a comunidade portuguesa, o encerramento do LusoJornal corria o risco de criar a ideia de que a comunidade portuguesa e luso-descendente não tinha capacidade de manter um meio de comunicação desta natureza”, adiantou.

O presidente da CCIFP garantiu que “a linha editorial do LusoJornal será completamente independente, com Carlos Pereira na chefia de redacção, e a Câmara apenas está vocacionada para atuar no crescimento e desenvolvimento comercial do projecto”.

O jornal passa a ser publicado pela CCIFP Éditions e foi criada também uma associação de leitores para acompanhar o novo LusoJornal.

O LusoJornal, principal semanário de informação sobre a comunidade portuguesa em França, tem cerca de 35 mil leitores das edições em papel e electrónica.

O Tribunal de Comércio de Créteil decidiu a 01 de Julho de 2010 proceder à “liquidação” da Aniki Communications, a empresa que editava o LusoJornal. Esta decisão fez também com que o jornal cessasse de ser editado a partir de 02 de Julho.

“Além de editar o LusoJornal, a Aniki Communications também produzia conteúdos para televisão.

 

O canal franco-português CLP TV faliu em Outubro de 2008 e deixou-nos uma dívida enorme. Esta dívida teve um grande impacto negativo na nossa empresa”, explicou, na altura, o director do LusoJornal num comunicado que anunciava a suspensão de publicação.

publicado por paradiselost às 11:42
editado por Marco Freitas em 25/01/2013 às 16:17

A OCDE organiza um workshoop para debater este tema, no dia 15 de Setembro.

 

Mais informação no link que se segue:

 

How to measure communication and media in the digital converging era?

 


 

publicado por Marco Freitas às 10:05

02
Set 10

Jornal da Madeira

 

 

 

Diário de Notícias da Madeira

 

publicado por Marco Freitas às 10:58

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