Esta coisa de se ser "opinion maker" tem muito que se lhe diga e não é um mar de rosas.... Não é, certamente, uma tarefa fácil preparar e escrever artigos de opinião, com responsabilidade, de formar a conseguir marcar posições e a influenciar a opinião pública. Em definitivo, não é uma missão para todos. Uns, tem um dom natural que associado às suas capacidades cognitivas e culturais geram verdadeiros fazedores de opinião. Outros, por mais que tentem, independentemente das suas capacidades, simplesmente não chegam lá... O meu voto é que continuem a tentar. Há, ainda, outros, que foram e são empurrados para essas funções e, talvez por isso, lá se mantêm mais tempo na agenda dos mass media, sem reconhecer com humildade as suas fraqueza e os seus erros.
Finalmente, há a classe daqueles que julgam poder mandar e influenciar a vida interna das organizações com as suas "indispensáveis" palavras escritas ou ditas. Alguns apoiados em espécie de cursos superiores, desde a comunicação, à economia e à gestão, como se o canudo lhe desse alguma autoridade superior nas matérias da nossa actualidade, seja elas quais forem. Trata-se de um juízo pouco cuidado já que acontece amíude não pescarem nada dos assuntos que abordam, na essência, porque não percebem nem têm informação q.b. para comentarem.
Botar palavra é fácil, fazê-lo com correcção, rigor e responsabilidade é outra coisa. O que acontece quando não é assim? Cria-se um poço sem fundo de incoerências, de contra-sensos e ambiguidades, não raras vezes à pala de um mito de independência intelectual e quase sempre com a noção de que as costas são protegidas pelos meios de comunicação social e pela fama alcançada no público.
Cada um é livre de se expressar como quer e como pode. Mas, a sua liberdade acaba quando começa a dos outros. Por outras palavras, muitas vezes esquecem ou ignoram o velho ditado de "cada macaco no seu galho".
MPF
*astrisco*