Comunicar pode ser fácil... Se no tempo que a vida nos permite procurarmos transmitir o essencial, desvalorizar o acessório e contribuir, num segundo que seja, para que a mensagem se assuma como tal e não como um universo de segredos...

23
Nov 09

Três anos depois do arranque, a estação sediada em Paredes construiu um estúdio para poder fazer directos.

 

É um dos projectos de televisão, através da internet, bem sucedidos no Norte do país, com estúdio próprio, tecnologia de ponta, carros de exteriores e uma equipa de jornalistas e operadores de câmara a tempo inteiro.

 

Para manter o canal valsousa.tv - Vale do Sousa TV -, a empresa presta serviço multimédia a empresas da região.

 

Iniciou a actividade há três anos e, desde então, tem conseguido afirmar-se com um dos mais sólidos projectos de comunicação na região duriense.

 

Está ao serviço de um espaço regional com cerca de meio milhão de pessoas e conta as histórias do quotidiano de Paredes, Penafiel, Paços de Ferreira, Felgueiras, Lousada ou Castelo de Paiva. Notícias que correm o Mundo graças a uma equipa de jornalistas jovens, empenhados em mostrar reportagens e comentários locais.

 

"A valsousa.tv está próxima das pessoas, das instituições, e sentimos levar o nosso desejo de cultura, de notícias, de factos, do pulsar de uma região que se transforma diariamente, muito longe, por caminhos que a valsousa.tv percorre sempre que, num clique, chega aos olhares das pessoas", explica Rafael Telmo, fundador, proprietário e editor.

 

Além de exibir reportagens, documentários e entrevistas, o canal aposta em campanhas de responsabilidade social e ambiental.

 

Recentemente, construiu um novo estúdio de televisão para iniciar emissões em directo.

 

"A plataforma tecnológica esteve em testes e optimizações num determinado período, há cerca de quatro anos. Procurámos obter algo que ainda não existia em Portugal", assegura o proprietário.

 

Três anos volvidos, a equipa colocou on-line a versão Beta da nova plataforma criada com a experiência adquirida.

 

Seguindo a lógica de afirmação, o canal estabeleceu uma parceria com o SAPO vídeos.

 

"Este canal permite emissão de conteúdos em directo ou em diferido com uma pequena largura de banda".

 

Com instalações no centro da cidade de Paredes e com um estúdio HD com 30m2, régie, ilha de edição e redacção, a estação pretende realizar programas gravados ou em directo.

 

Como complemento, tem uma carrinha de exteriores com mesa "broadcast" HD, três câmaras HD e intercomunicação, sendo o equipamento amovível, o que permite a realização em qualquer local de directos com qualidade.

 

Para manter a sustentabilidade e gerir um orçamento de cerca de sete mil euros mensais e garantir o emprego a uma equipa de dois jornalistas e três operadores de câmaras, a estação estabeleceu parcerias com algumas autarquias da região e desenvolve actividades económicas complementares, desde o aluguer dos estúdios a serviços de publi-reportagens para empresas.

 

A ideia de criar um canal na Web remonta a Outubro de 2005. Na altura não existia qualquer projecto semelhante em Portugal.

 

O pioneirismo surgiu pela mão de Rafael Telmo, professor, na Escola E. B. 2/3 de Nevogilde, Lousada, local onde foi criado o primeiro canal de TV na Internet em Portugal.

 

Como tinha pequenos vídeos reportagens dos alunos, começou por chamar-se NetReporteres.

 

Diana Soraia e João Augusto foram os pioneiros da TV online em Portugal, orientados por este professor.

 

Nesta incubadora nasceu o projecto mais abrangente, a TV do Vale do Sousa, registado agora como órgão de comunicação social com o nome valsousa.tv.

publicado por paradiselost às 15:41

"Manuela Moura Guedes tem uma fixação por mim"

Director da RTP não sabe ainda o futuro dos espaços de comentário personalizados e reage vivamente às queixas dos partidos. Internamente, tomou há dias uma decisão polémica: criou regras para o uso das redes sociais.

 

Um pedido de José Rodrigues dos Santos obrigou-o a mudar de planos.

 

No dia em que se realizou esta entrevista, José Alberto de Carvalho teve de o substituir no "Telejornal".

 

Contou-o sem se mostrar indisposto com a contrariedade.

 

Desenvolveu dois argumentos: José Rodrigues dos Santos tinha de testemunhar em tribunal e, além disso, vê a presença do director em antena como um sinal de transparência importante por parte da estação pública diante do espectador.

 

Quem decide dá a cara, diz.

 

Na altura em que aceitou o cargo de director de Informação da RTP tinha ideia do fardo: a estação está sempre a ser acusada de instrumentalização, a ser criticada por relatórios da ERC...

Tinha noção, era antes director adjunto. É uma luta constante, um processo de argumentação diário. Ontem, por exemplo, tive uma reunião com elementos do Comité Central do PCP, na sequência de uma queixa que fizeram à ERC (Entidade Reguladora) por causa do "Prós e Contras".

 

A propósito, é o programa que recebe mais queixas na ERC. Como explica isto?

O "Prós e Contras" desempenha um papel fundamental na sociedade portuguesa: é o único programa de debate sobre actualidade a que todos os portugueses podem aceder sem pagar. E sendo um programa que trabalha questões polémicas, entendo-o com normalidade.

 

Mas por que é que não se convida o CDS/PP, o PCP?

Há aqui um equívoco. O debate em Portugal não se esgota nos partidos. Nem se esgota numa lógica de réplica permanente do debate parlamentar. Há excesso de partidarização no debate.

 

Coloque-se no lugar desses partidos. Sentem-se de parte.

Até no Parlamento, os tempos de intervenção são diferentes.

 

Mas falam.

Mas aqui também falam, não têm é de falar na mesma circunstância. Cabe na cabeça de alguém que a RTP queira omitir, esconder alguém? Em 2009, o PCP já esteve em sete programas. Não tenho de cumprir a agenda dos partidos.

 

Foi o que lhes disse? Como reagiram?

Foi, com toda a clareza. Acho que compreenderam. Também compreendo os argumentos deles. Mas tenho o direito de dizer não. Não pretendemos excluir os partidos, mas temos a nossa lógica de trabalho, como os partidos têm a deles. Temos dois programas da RTP onde existe uma lógica de representação: "Parlamento" e "Corredor do Poder".

 

É uma questão editorial, portanto.

Exacto. Estou farto de dizer isso.

 

Se há partido que não tem gostado da actuação da RTP é o PSD. Até por causa do relatório da ERC.

Conhece algum partido que tenha gostado? Há um problema com este modelo, que é ter-se atribuído "a priori" um valor de referência a cada partido, apurado em função dos resultados eleitorais. E agora, o último trimestre deste ano terá de ter novos parâmetros.

 

Mas não é estranho que seja sempre o PSD o sub-representado?

Disseram que o PSD vale 28,75% das notícias, e se não valer? O que é preciso é perguntar: ficou algum acontecimento relevante do PSD por acompanhar? E a resposta é não. Houve uma vez um deputado que disse que tínhamos falhado um debate parcelar sobre saúde. Se é esse o exemplo, estamos conversados.

 

Que modelo propõe?

O objectivo é inatingível. Para cumprir o estipulado, teria de emitir menos notícias dos partidos pequenos, o que não posso fazer: são critérios editoriais.

 

Outro assunto por esclarecer é o do futuro dos programas de Marcelo Rebelo de Sousa e António Vitorino. Os contratos terminam no primeiro trimestre de 2010...

Terminam com um mês de diferença: Fevereiro e Março.

 

Estão a ser renegociados?

Estamos a conversar. Os programas vão fazer cinco anos na RTP e é natural que se reflicta sobre os modelos.

 

Vai haver alterações?

Nada está fechado. Parece-me um pensamento excessivamente definitivo pensar que as coisas são imutáveis. Mas - este mas é muito importante - a RTP é mais forte e mais influente com os comentários do professor Marcelo e do doutor Vitorino. E eu quero continuar a contar com eles.

 

E a hipótese de os colocar frente-a-frente num programa?

Por exemplo. É um cenário que me agrada. Mas isso não depende só de mim, depende também deles. Mas é preciso dizer que estes programas existem porque existem estas pessoas. E portanto as "Notas soltas de António Vitorino" não podem de um momento para o outro ser as notas soltas do Manuel de Sousa.

 

E se o António Vitorino não está disposto a continuar...

Se não estiver disposto a continuar, teremos de ponderar todos.

 

Mas já recebeu alguma indicação nesse sentido?

As que recebi devem ficar entre nós. Estamos a reflectir. Vamos lá ver, eu nunca disse que queria acabar com o programa do professor Marcelo. Onde costuma haver problemas de interferências editoriais documentadas é noutra estação.

 

Já agora, que apreciação lhe merece a extinção do "Jornal Nacional" de sexta-feira?

Quando há um programa que não cumpre as regras, não honra as princípios éticos e deontológicos do jornalismo, não respeita a própria civilidade no tratamento das pessoas, confunde jornalismo com militância, tenho dificuldade em comentar...

 

E a decisão?

A decisão de acabar com o programa passou uma má imagem das relações entre medidas editoriais e de gestão.

 

 

Mas não é estranho ter acontecido em véspera de eleições?

Evito entrar na lógica da conspiração, mas aquilo foi um disparate pegado. Mesmo o facto de eu não concordar com a linha do noticiário e da senhora ter uma fixação por mim, que não sei explicar.

 

Há algum motivo que justifique essa má relação?

Não faço ideia. Só nos encontrámos fugazmente. E que eu saiba nunca lhe fiz mal nem me pronunciei sobre ela.

 

Para alguns cidadãos tem sobrado a sensação de que no jornalismo ou é pró ou contra Sócrates. Não se está a desvirtuar a sua essência?

Se isso acontecer, uma vez que não é assumido, é péssimo. Acho que só ajuda ao sentimento de nebulosidade que envolve a vida pública nacional. O país está permanentemente à beira do abismo. Ai, ai, que agora é o fim do Mundo. E depois não foi. Passado um tempo, voltamos ao mesmo. Nunca saímos nem do precipício, nem damos um passo em frente.

 

Essa imagem não se deve aos média? Não estaremos todos a fazer mau jornalismo?

Não é só um problema do jornalismo. É um problema de todas as entidades. Há é umas que colaboram, a vários níveis, na construção deste sentimento.

 

É uma questão de mentalidade?

Desconfiamos de nós próprios e assim é difícil fazer um caminho.

 

E em relação ao jornalismo em si?

O jornalismo não vive num mundo à parte. É um espelho da sociedade. E também temos dado maus exemplos. Há o caso da vigilância à Casa Civil e, refira-se, o aproveitamento que se fez do episódio com a Maitê Proença. Era irrelevante. Se algum aluno de jornalismo me apresentasse a história para ser elevado à categoria de notícia, chumbava. Portanto, chumbamos todos. E depois há um mimetismo grande no jornalismo português.

 

Seguimos sobretudo os maus exemplos...

Não é bem isso. Tem a ver com idiossincrasias. Os jornais americanos lutam por ter notícias diferentes; em Portugal, tentamos ter todos as mesmas histórias.

 

Sempre foi adepto do uso das novas tecnologias, o Twitter é ferramenta na redacção da RTPN...

E nesta redacção também. Acho que as novas redes sociais são uma ferramenta fundamental para o exercício do jornalismo. Mas, ao mesmo tempo, lançam uma série de novos desafios éticos e deontológicos. Aliás, publiquei há poucos dias um conjunto de recomendações de bom senso, que os jornalistas devem observar quando estão nessas redes. Do género nunca publicar nada numa rede social que ele não possa colocar na antena da RTP.

 

Isso cria um problema novo.

Ai, cria, cria. Mas é o problema que foi sentido pelo "The New York Times", pelo "Washinton Post", pela CNN, pela BBC, pela Reuters.

 

Estamos a falar também de páginas particulares?

Claro. O problema é quando o que se diz pode pôr em causa a sua credibilidade, pondo em causa o órgão para o qual trabalham, precisamente, o órgão que lhes dá essa visibilidade e credibilidade. A RTPN tem uma página no Twitter com seis mil subscritores. Nós acreditamos na utilidade, mas as pessoas têm de perceber que o Twitter, o Facebook não são espaços privados. Mesmo que tenham o meu perfil protegido, a partir do momento em que eu faça um retwitter, deixo de ter controlo sobre quem vê. Tive um incidente com um colega nosso por causa de uma coisa dessas.

 

Há alguma ingenuidade?

Está é na altura de as pessoas reflectirem sobre a nova geografia da nossa vida. Não é uma geografia física. É muito mais relevante o que eu digo online do que o que digo e faço no bairro onde vivo. As pessoas ainda não perceberam que na web os efeitos podem ser mais danosos. E que nos merecem, pelo menos, o mesmo cuidado da nossa vida física. Não é muito recomendável que um jornalista da RTP que esteja a fazer a cobertura de uma história manifeste opiniões tendenciosas no seu blogue. É discutível. Mas depende também de como o fizer.

 

As regras foram bem recebidas?

Sim. Houve um conjunto de circunstâncias que levaram a isto. Fomos o primeiro órgão por cá a fazê-lo. Nos Estados Unidos, um jornalista já foi despedido por causa de dois "posts" do Twitter.

 

Já teve de repreender alguém?

Tive de fazer reparos. É que vivemos um tempo em que voluntariamente as pessoas estão a prescindir das suas esferas privadas.

 

Tem Twitter e Facebook?

Tenho, mas discretos. O "The New York Times", no código de conduta que estabeleceu, chegou a um limite muito curioso: sugeriu aos jornalistas que tenham atenção aos amigos aceites no Facebook. "Porque se tiverem muitos 'friends' do partido democrata, vocês estão a pôr em causa a vossa independência".

 

Tem amigos políticos?

Amigos, não. Não tenho.

 

Não calhou? Por princípio?

Não calhou.

 

Costuma receber telefonemas de José Sócrates?

Eu falo com toda a gente. Falo com toda a gente.

publicado por paradiselost às 09:37

22
Nov 09

José António Saraiva, director do Sol

José António Saraiva, director do semanário ‘Sol’, revela ao CM que o Governo o pressionou para não publicar notícias do Freeport e que depois passou aos investidores.
 

Correio da Manhã – O ‘Sol’ foi coagido pelo Governo para não publicar notícias do Freeport?

 

José António Saraiva – Recebemos dois telefonemas, por parte de pessoas próximas do primeiro-ministro, dizendo que se não publicássemos notícias sobre o Freeport os nossos problemas se resolviam.

 

– Que problemas?

– Estávamos em ruptura de tesouraria, e o BCP, que era nosso sócio, já tinha dito que não metia lá mais um tostão. Estávamos em risco de não pagar ordenados. Mas dissemos que não, e publicámos as notícias do Freeport. Efectivamente uma linha de crédito que tínhamos no BCP foi interrompida.

 

– Depois houve mais alguma pressão política?

– Sim. Entretanto tivemos propostas de investimentos angolanos, e quando tentámos que tudo se resolvesse, o BCP levantou problemas.

 

– Travou o negócio?

– Quando os angolanos fizeram uma proposta, dificultaram. Inclusive perguntaram o que é que nós quatro – eu, José António Lima, Mário Ramirez e Vítor Rainho – queríamos para deixar a direcção. E é quando a nossa advogada, Paula Teixeira da Cruz, ameaça fazer uma queixa à CMVM, porque achava que já havia uma pressão por parte do banco que era totalmente ilegítima.

 

– E as pressões acabaram?

– Não. Aí eles passaram a fazer pressão ao outro sócio, que era o José Paulo Fernandes. E ainda ao Joaquim Coimbra. Não falimos por um milagre. E, finalmente, quando os angolanos fizeram uma proposta irrecusável e encostaram o BCP à parede, eles desistiram.

 

 

– Foi um processo longo...

– Foi um processo que se prolongou por três ou quatro meses. O BCP, quase ironicamente, perguntava: "Então como é que tiveram dinheiro para pagar os salários?" Eles quase que tinham vontade que entrássemos em ruptura financeira. Na altura quem tinha o dossiê do ‘Sol’ era o Armando Vara, e nós tínhamos a noção de que ele estava em contacto com o primeiro-ministro. Portanto, eram ordens directas.

 

– Do primeiro-ministro?

– Não temos dúvida. Aliás, neste processo ‘Face Oculta’ deve haver conversas entre alguns dos nossos sócios, designadamente entre Joaquim Coimbra e Armando Vara.

 

– Houve então uma tentativa de ataque à liberdade de imprensa?

– Houve uma tentativa óbvia de estrangulamento financeiro. Repare--se que a Controlinveste tem uma grande dívida do BCP, e portanto aí o controlo é fácil. À TVI sabemos o que aconteceu e ao ‘Diário Económico’ quando foi comprado pela Ongoing – houve uma mudança de orientação. Há de facto uma estratégia do Governo no sentido de condicionar a informação. Já não é especulação, é puramente objectiva. E no processo ‘Face Oculta’, tanto quanto sabemos, as conversas entre o engº Sócrates e Vara são bastante elucidativas sobre disso.

 

– Os partidos já reagiram e a ERC vai ter de se pronunciar. Qual é a sua posição?

– Estou disponível para colaborar.

publicado por paradiselost às 19:18

 

 

A passagem do modelo de negócio dos jornais de papel para digital e a sustentabilidade das empresas de comunicação social são as preocupações que estarão no centro do 62.º Congresso Mundial de Jornais, que começa no final do mês na Índia.

 

Subordinado ao tema "Jornais: Multimédia, um negócio em ascensão", o congresso mundial promovido pela Associação Mundial de Jornais (WAN na sigla em inglês) vai analisar e discutir as estratégias de sucesso das empresas de media líderes em todo o mundo.

 

João Palmeiro, presidente da Associação Portuguesa de Imprensa (API), que é membro da WAN, afirmou à Lusa que um dos principais temas em discussão no encontro é a forma como as empresas vão fazer a transição do modelo de negócio do papel para digital.

 

"Por um lado, há o modelo de negócio de publicações com toda a actividade centrada no papel, mas por outro a necessidade de ter actividade centrada na multimédia", disse.

 

"Hoje há aplicações mais concretas. Há que ter em consideração o crescimento do negócio multimédia nos jornais, as assinaturas, mas sem esquecer que a força e o poder do impresso é muito grande", salientou.

 

O congresso vai contar com a presença de um jornalista português como orador, o que já não acontecia há muitos anos, disse o presidente da API.

 

O jornal "i" recebeu um convite directo do presidente da WAN por causa do entusiasmo que "i" está a suscitar no estrangeiro, explicou o director da publicação, Martim Avillez Figueiredo, que estará presente num dos painéis do congresso.

 

"É um jornal muito inovador, nascido já na era pós-internet, que surgiu para responder a esta nova realidade, e fez logo a sua adaptação", ao contrário dos outros jornais que começaram por ser impressos e tiveram gradualmente que se adaptar ao digital, considerou o responsável.

 

A presença de Martim Avillez no congresso servirá precisamente para mostrar um produto "com grande êxito lá fora" e que se constituiu "como uma marca, mais do que como jornal de informação", explicou.

 

O outro tema que vai dominar o debate é o ambiente e o impacto da sustentabilidade das empresas.

 

"As empresas de media têm que ser empresas de economia sustentável, têm que respeitar o ambiente, o mercado do carbono e a marca da água, ou seja, quanto é que contribuem com emissões de carbono e gastos de água", explicou João Palmeiro.

 

A organização espera este ano ultrapassar o recorde alcançado em 2008 na Suécia, com1 1.800 participantes oriundos de 113 países de todo o mundo.

publicado por paradiselost às 15:58

20
Nov 09

times_online.jpg

A estratégia da News Corp, o grupo do magnata australiano Rupert Murdoch, de passar a cobrar pelos conteúdos online dos jornais do grupo, vai começar pelo diário britânico “Times”.

 

“Na próxima Primavera já cobraremos pelos conteúdos online do Times”, disse James Harding, chefe-de-redacção do jornal, numa conferência da Sociedade Britânica de Chefes de Redacção, em Stansted, a nordeste de Londres.
 

“Ainda estamos a trabalhar nos preços a cobrar. Mas queremos que o leitor pague o equivalente ao preço do jornal para ter acesso à edição do dia na Internet por 24 horas.

 

E depois teremos assinaturas”, disse Harding, acrescentando que o objectivo desta decisão é “atacar a cultura do gratuito”.

 

"Já vimos quase morrer a indústria musical devido aos acessos gratuitos. Não podemos deixar que aconteça o mesmo com a indústria da informação”.

Rupert Murdoch já tinha várias vezes dito que queria passar a cobrar pelos conteúdos, não indicando porém a altura em que seria implementada a modificação.

Dentro da NewsCorp, o “Wall Street Journal” é o único título que já cobra pelo acesso integral aos conteúdos da edição impressa na Internet.

 

Para além do “Times” e do “Wall Street Journal”, Murdoch, detém ainda, entre os diários, o tablóide britânico “Sun”, e o norte-americano “New York Post”.

 

É ainda proprietário do “Sunday Times” e do “News of the World”.

publicado por paradiselost às 15:40

18
Nov 09

trendwatch.jpg

As conclusões são do “The TrendWatch”, um relatório internacional desenvolvido pelo Grupo Fullsix nos diferentes escritórios da agência em todo o mundo.

 

Apresentado ontem em Lisboa, o estudo aponta "as 10 tendências que irão influenciar o futuro das estratégias de comunicação":

1. Realidade Aumentada – utiliza uma câmara para sobrepor informação virtual à realidade. Esta experiência permite à marca adicionar um sexto sentido na relação com o consumidor.

2. Inteligência Geo-espacial – com o aumento da mobilidade as marcas que proactivamente fornecerem respostas em tempo real sobre um contexto distinguem-se das restantes.

3. Comércio de conteúdos – com a proliferação dos vídeos interactivos os consumidores vão poder comprar itens enquanto assistem aos conteúdos multimédia.

4. Cross-screen  - o universo de media tem vindo a aumentar assim como o número de ecrãs onde a informação está disponível. Para os marketers isto significa que as mensagens terão que estar acessíveis quando, onde e como os consumidores as desejem.
5. Micro-comércio - oferecer bens e serviços em micro-pagamentos pode ajudar uma marca a transformar o comportamento de compra, até agora premeditado em compras impulsivas.

6. Mundo que fala – os objectos poderão ser convertidos em canais de comunicação eficazes, capazes de envolver e interagir com o consumidor.

7. Ground-swell surfing – a velocidade do vento, a duração e abrangência são factores chave para a produção das maiores ondas de surf; o mesmo acontece online: novas tecnologias sociais emergem rapidamente (velocidade), todos os segmentos despendem mais tempo em social networking (duração), em todos os pontos do globo (abrangência).

8. Guerra de dados – se o Facebook fosse um país seria o quarto maior a seguir aos EUA. Em 2011 o universo digital será 10 vezes maior do que era em 2006. Isto significa que as oportunidades para as marcas são imensas.

9. Fremium Model  - é benéfico deixar uma vasta audiência experimentar sem custos, uma oferta de uma marca. Rapidamente, a elevada procura por esses produtos convertem-nos em bens Premium.

10. Long Tail vs DNA – imagine-se a oportunidade de negócio para uma empresa que, recorrendo a sistemas flexíveis de fabrico computorizado, consiga produzir de acordo com as características de cada indivíduo. Qual será o futuro da ultra-costumização?

publicado por paradiselost às 16:03

rainha-fabola-19-5-225

O objectivo da principal agência de notícias da Bélgica de promover o chamado "jornalismo do cidadão" desembocou numa grande polémica, depois da difusão da falsa morte da rainha Fabiola.

 

"A história de uma incrível derrapagem provocada pela… agência Belga", resumiu terça-feira o diário francófono Le Soir, num artigo cujo título era "Fabiola afinal está viva".

 

A empresa inaugurou segunda-feira um novo fluxo de notícias, com o rótulo "Ave News", que os seus principais clientes começaram a receber junto com as notícias normais.

 

Os conteúdos desse fluxo informativo provinham de um novo serviço, o "I have news(Eu tenho notícias)", criado pela Belga, seguindo o modelo do Twitter, uma rede de microblogues online.

 

O objectivo era "não perder nenhuma informação", podendo dela ser testemunho qualquer cidadão.

 

Através da página http://www.ihavenews.be", a Belga garantia, e continua a garantir ainda, enviar "a todas as redacções do país" a noticia que quem quer que tenha "visto ou ouvido alguma coisa interessante perto da sua casa" ou que tenha sido "testemunha de algo mais do que um mero incidente".

 

Apesar das precauções (é obrigatório registar-se, indicar o número de telefone e o correio electrónico), um participante introduziu no sistema a informação falsa de que a rainha tinha morrido.

 

"A rainha Fabiola morreu. Faleceu ao comunicar-se-lhe a separação de Laurent e Claire", informava o autor, Jos Joskens (que pode traduzir-se como "homem da rua").

 

A falsa notícia apoiava-se no rumor sobre os supostos desentendimentos entre os dois príncipes.

publicado por paradiselost às 15:41

17
Nov 09

O Mirante - Diário Online

 

O semanário regional O Mirante assinalou esta segunda-feira o seu 22º aniversário anunciando uma parceria com os CTT que vai permitir ao jornal "sair do sistema do porte-pago até final de Janeiro [de 2010]".

 

 

Em editorial na primeira página de uma edição especial com 88 páginas, o director-geral do jornal, Joaquim Emídio, afirma que a partir do final de Janeiro o Mirante vai retomar "uma nova política de preços e de condições de assinatura que permitirá "aumentar ainda mais a influência junto dos leitores e anunciantes".

 

"Esta edição de aniversário está a chegar pela primeira vez a muitos leitores que, provavelmente, nunca receberam um jornal na sua caixa de correio.

 

A parceria com os CTT vai permitir implementar novas regras na distribuição do jornal e na angariação de assinantes", escreve.  

 

Para 2010, o Mirante tem por meta implantar-se em concelhos como Ourém e Rio Maior, onde ainda não tem presença significativa, alargando a sua área de influência a 23 municípios, e continuar a expansão nos de Vila Franca de Xira e Benavente.  

 

"Vamos continuar a mostrar que a imprensa regional tem futuro e que o jornalismo de proximidade é um serviço público que ainda tem muito para dar às nossas comunidades", acrescenta.  

 

A edição especial conta com textos de opinião de personalidades da região e dos jornalistas da redacção, recuperando ainda algumas das entrevistas publicadas pelo jornal nos últimos anos.

publicado por paradiselost às 15:46

twitter_logo.jpg

A rede social Twitter considera vir a cobrar taxas de utilização às companhias que utilizem os seus serviços.

 

As empresas que utilizem a plataforma para divulgar e comercializar os seus produtos podem assim vir a pagar uma “fee”, segundo anunciou Biz Stone, co-fundador do Twitter, ao Marketing Magazine.

Biz Stone referiu que, com o pagamento, as empresas poderão aceder às ferramentas de marketing, que a rede social visa vir a disponibilizar muito em breve.

 

Sem adiantar detalhes sobre as novas funcionalidades, acrescentou apenas que o Twitter pretende ainda lançar uma plataforma que dará informações aos seus subscritores acerca dos comportamentos dos utilizadores do serviço.

publicado por paradiselost às 15:41

A Antena 1 está a preparar-se para lançar “em breve” a webrádio Antena 1 - Vida, avançou ao M&P Jorge Alexandre Lopes, director adjunto de novas plataformas da RTP.

 

O canal, explica o responsável, é “uma declinação da Antena 1″ e resulta de uma “agregação de conteúdos de interesse para o cidadão”, tanto na área de saúde, como economia e vida privada, descreve.

 

A novidade do canal, explica ainda Jorge Alexandre Lopes, reside no facto de reunir no mesmo espaço conteúdos de diversos programas do universo RTP, tanto de rádio, como de televisão.

 

Programas da Sociedade Civil, Jogo da Língua, Causas Públicas, Saber Comer, entre outros, poderão assim ser encontrados no Antena 1 - Vida.

 

O canal é uma webrádio, correspondendo a um “alinhamento em directo do que está a acontecer”, mas no caso dos programas de televisão, está igualmente disponível o vídeo do formato em questão, bem como outros episódios.

 

“Chamar a atenção para os programas que o grupo RTP tem disponíveis nos chamados conteúdos de serviço público” é um dos objectivos do canal.

 

Antena 1 - Vida é uma das webrádios “estratégicas” que a área de rádio do grupo tem vindo a juntar ao seu portfólio, onde se encontra a rádio Lusitânia, estando previsto para o próximo ano o lançamento de “no mínimo seis canais novos”, além de uma série de novas webrádios ditas de ocasião, como a rádio Mundial, a comemorativa dos 200 anos de Chopin ou a rádio Schumann, exemplifica Jorge Alexandre Lopes.

 

“À semelhança da Antena 1 está previsto começarmos a fazer declinações da Antena 3 com uma especificidade maior”, revela o director adjunto de novas plataformas da RTP, preferindo não adiantar mais pormenores.

 

Entretanto, adianta ainda o responsável, a área rádio da RTP passou a distribuir o sinal via satélite, à semelhança de outras rádios nacionais privadas.

 

“Era a única grande rádio do país que não o fazia”, diz. Uma melhor qualidade de som e menores riscos em termos de distribuição do sinal foram os factores que pesaram na decisão.

publicado por paradiselost às 15:36

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