O director de comunicação da Associação Mundial de Jornais (AMJ) disse hoje que "o futuro dos jornais impressos não é tão negro como se pinta", já que "as vendas mundiais de jornais continuam a crescer".
Segundo Larry Kilman, que participa no XIX Congresso da AMJ (WAN em inglês) que terminou ontem em Barcelona, este ano as vendas globais de jornais em papel aumentaram 1,3%.
O responsável admitiu considerar que os jornais impressos vão mesmo liderar a transição para o futuro dos meios de comunicação "que está nos grupos multimedia".
O responsável admitiu que este aumento deve-se à evolução nos mercados em via de desenvolvimento, já que nos países desenvolvidos, os jornais impressos perdem leitores todos os dias a favor dos jornais digitais e de outros formatos de informação.
O porta-voz da AMJ explicou que, neste momento, a imprensa mundial está "em fase de provas e ainda não se encontrou o modelo infalível". Kilman salientou que os leitores dos países mais desenvolvidos têm optado por experimentar jornais digitais e outros formatos que nascem com "força e criatividade". Já os jornalistas têm de se adaptar ao meio digital, estando preparados para trabalhar em qualquer plataforma informativa.
Para o representante da AMJ, a crise é o momento ideal para se "renovar ideias" e "adoptar estratégias" para aumentar a publicidade e tornar os jornais impressos mais apelativos.
Durante dois dias, 48 países, entre eles Portugal, participaram no congresso da AMJ, que agrupa 18 mil jornais e 73 agências de todo o mundo.