Comunicar pode ser fácil... Se no tempo que a vida nos permite procurarmos transmitir o essencial, desvalorizar o acessório e contribuir, num segundo que seja, para que a mensagem se assuma como tal e não como um universo de segredos...

29
Jan 08
O jornal mensal Le Monde Diplomatique de janeiro de 2008 faz uma abordagem sobre um novo conceito de programas de rádio nos Estados Unidos da América. Trata-se do programa Democracy Now (DN). O que é isto de Democracy Now? O DN é um programa de informação progressista que rompe com a grelha difundida pelas rádios privadas. Com as eleições americanas à porta, este novo formato radiofónico ameaça fazer mossas pelo conteúdo informativo que se pretende difundir. O DN tem por objectivo primeiro lançar para o ar debates dignos desse nome sobre a sociedade americana, debates críticos, ou seja longe de servir de megafones à comunicação governamental. Analisa em profundidade os temas lançados para a praça pública pelas autoridades vigentes, ou seja, faz uma abordagem profunda sobre tudo aquilo que não é dito pelas rádios “institucionalizadas”, lança outro ponto de vista sobre a mesma problemática, ou seja, diz aquilo incomoda às autoridades.
Tudo isto não era possível, claro está, se não estivessem garantidos os suportes financeiros para a divulgação deste tipo de informação. O preciso metal vem das contribuições dos ouvintes (que tende a crescer e a superar as expectativas). As propostas de trabalho também estão numa fase de crescimento, o que obriga a um reforço de meios humanos e técnicos para dar resposta às inúmeras solicitações da estação de rádio que suporta este formato informativo radiofónico.
Apesar da crescente tendência para a concentração dos media, quer nos EUA, quer na Europa, a existência deste tipo de formatos é bem ilucidativa de um espaço de debate que falta preencher, ou seja, ainda há espaço para a divulgação de informação descomprometida de qualquer partido político ou de qualquer interesse económico ávido de controlar a informação a seu bel prazer. É de louvar e, se possível, copiar com as devidas adaptações.
A uniformização editorial ditada pelos grandes patrões dos media e o oligopólio gerado neste tipo de actividade apenas tem como objectivo “a divulgação da ilusão de neutralidade nas suas programações”, afirma a publicação. Assustador, uma vez que o fenómeno assume proporções preocupantes, a ponto de se perseguir jornalistas por critérios perfeitamente legais e consagrados, como o direito à opinião e à resposta.
Infelizmente, o fenómeno de concentração dos media e o controlo do fluxo de informação também acontece em Portugal. Temos exemplos recentes deste tipo de actuação por parte dos poderes vigentes. O recente arquivamento do processo a José Rodrigues dos Santos, e o arquivamento do processo que envolveu Eduardo Contra Torres e o director do jornal Público. Dois casos onde a mera opinião foi alvo de ataques ferozes por parte das autoridades, sem que houvesse um cabal esclarecimento da “culpa” dos jornalistas envolvidos. Lamentável. A democracia foi, mais uma vez, ferida de vergonha e de prepotência. A liberdade de expressão merece ser mais bem tratada.


Jorge Paraíso

Braga, 29 de Janeiro 2008
publicado por Marco Freitas às 18:05

23
Jan 08
Temos assistido recentemente ao lançamento na internet de projectos ligados ao audiovisual, nomeadamente, à televisão. Recentemente foi lançada uma televisão on-line para o Norte. Esta região, facilmente “abafada” pela área metropolitana do Porto, tem sido frequentemente esquecida. Há valores para afirmar na região Norte. Esta região tem de marcar posição com projectos credíveis, sólidos e viáveis, nomeadamente na comunicação social. Só desta forma o Norte poderá ter voz activa, contrariando a “ditadura” imposta pelas televisões nacionais. Temos de marcar a diferença.
Este alerta vai também para os autarcas, no sentido de unir esforços na concretização de um projecto aglutinador dos interesses de cada região que integram os distritos de Braga e Viana do Castelo. No campo da comunicação social, nomeadamente na televisão, as querelas partidárias têm de ficar à margem de todo este processo, têm de ser acauteladas as necessárias verbas financeiras para dar credibilidade e andamento a projectos que projectem o Norte pelo resto do país, incluindo as ilhas e, quiçá, a Galiza. Esta última já tem em marcha a criação de mecanismos para a recepção de canais portugueses. Temos de aproveitar estas aberturas para uma maior projecção do Norte além fronteiras.
A era multimédia está à nossa frente, não a podemos ignorar. Os recursos por ela apresentados são quase ilimitados. Os conteúdos programáticos que podem ser gerados são uma mais-valia para uma região que ainda tem muito para oferecer ao país e a quem nos visita. A projecção imediata é benéfica para a imagem do Norte, aquém e além fronteiras. Basta pôr os projectos nos carris certos e a marcha torna-se imparável. Não podemos perder este comboio, é demasiado importante para ficarmos apeados. O Norte precisa de embarcar no TGV da televisão on-line. Cada vez mais. É o futuro. Temos a obrigação de colocar o Norte na agenda mediática nacional. Chega de receber instruções. Temos activos e capacidade para nos afirmarmos sozinhos.

Jorge Paraíso

Braga, 22 de Janeiro 2008
publicado por Marco Freitas às 10:29

21
Jan 08
Pode parecer pequena aos olhos dos políticos a vitória da Vânia no concurso "Operação Triunfo". Mas para os portugueses que estão habituados a olhar para a região de lado este tipo de publicidade positiva é suficiente para criar dúvida nos seus espíritos e, quem sabe, começarem a ignorar as guerras políticas entre os governos e, claro está, os seus protagonistas.
Em 2007, várias vezes, líderes madeirenses dos PSD frisaram que a Região precisa de ter uma nova imagem no Continente. Tenho dúvidas sobre as suas intenções. Mais tenho a certeza de que essa operação para refrescar a imagem da Madeira junto dos continentais não passar pela política só teremos a ganhar. A Vânia, a Marina, o Cristiano Ronaldo, os empresários madeirenses com influência nacional e muitas outros anónimos, como os estudantes universitários, devem ser os verdadeiros embaixadores dessa nova imagem no espaço nacional...
Tarda em aparecer algo organizado nesse sentido... Talvez se a Associação de Promoção da Madeira estivesse menos concentrada nas suas intrigas internas... Quem sabe... Por aquilo que eu vejo nome tão pomposo para associação tão "pequena" é demais. Até porque a promoção da Madeira é mais do que o turismo...

Com paciência, esperemos que exista alguém por aí que consiga ver o caminho a seguir...
Viva a Vânia e a todos os madeirenses que conseguem mostrar ao país que somos portugueses como todos aqueles das muitas aldeias continentais, com capacidade para brilhar, vencer e participar na vida da nação...

Marco Paulo Freitas
publicado por Marco Freitas às 10:52

16
Jan 08
A primeira edição do ano do *astrisco* está em preparação. Por isso, deixamos o convite a todos os interessados em enviar textos, sugestões ou notícias que o façam, por favor, num prazo mais curto possível.
Todas as participações são bem-vindas... Sem censura...

O editor
publicado por Marco Freitas às 10:17

11
Jan 08
Periodistas muertos 0
Colaboradores muertos 0
Periodistas encarcelados 128
Colaboradores encarcelados 7
Ciberdisidentes encarcelados 66
publicado por Marco Freitas às 12:00

10
Jan 08
logo[1].png

- É absolutamente inaceitável que o JM, como empresa estatal, continue a gerar custos de forma lesiva para o erário público e para os contribuintes.

- São conhecidas fortes ineficiências na gestão e estrutura do JM que contribuem para o actual estado de coisas...

- Não havendo, aparentemente, solução que resolva esta situação, o caminho a seguir é o do encerramento definitivo do título. Obedecendo-se assim às chamadas "leis do mercado aberto". Certamente que os profissionais do Jornal encontrarão sítios onde trabalhar e que haverá formas de apoiar as famílias desamparadas.

- Acredito - até prova cabal em contrário - que a decisão de passar a gratuito tratou-se de uma medida de gestão. Se não resultar o fim é previsível.... Se contribuir para tornar o JM viável, então o que fazer com o título? Vendê-lo? Porque não?

- Contudo, por enquanto, o JM é um bem público mal administrado (vícios e politiquices contribuiram para isso.) Como tal, todos temos o dever responsável de ajudar ao seu sucesso, tanto para evitar os custos excessivos como para valorizar a sua função. O que é pouco saudável é criticar e não ter a clarividência de apresentar soluções. Esse é o caminho mais fácil e errado da participação social.

- O JM tem uma política editorial bem definida. Certa ou errada deve ser respeitada... É um jornal dominado pelo Governo, que apesar de dar voz aos diversos partidos da arena política regional, limita a sua participação e o feed-back da sociedade discordante da acção governativa. Por isso, quem por opão lê o JM sabe destas condições. Criticar esta opção é um acto livre mas aceitá-la também... Leio o jornal com as devidas distâncias e sem grandes defesas mentais porque sei ao que vou...

- Pessoalemente, prefiro conhecer, sem sombras, as tendências dos meios de comunicação social, as causas de defendem, as alas políticas que preferenciam, para poder ler, ouvir e ver com as devidas distâncias e não ocnsumir "verdades" ou "meias-verdades" que deturpam a perspectiva das coisas. Salvo algumas excepções, não é o caso do sector da Madeira.

- A plena liberdade de expressão é uma utopia, uma ilusão.. Quem acha que acontece ao contrário no seu meios de comunicação social que atire a primeira pedra. Por isso, insisto: prefiro saber e conhecer as subjectividades associadas às políticas editoriais do que depender das "falsas" objectividades.

- Na discussão em volta desta problemática têm sido ignorados alguns aspectos. Mas, o mais estranho de tudo é a situação relativa às televisões e rádios públicas. Ainda não vi provado e bem explicado porque é que um Estado ou autarquia pode ter um canal televisivo e não um jornal? Será que pode ter um boletim informativo?
A TV não é um meio de comunicação social? Não é, simplesmente, o mais poderoso meio de comunicação social, com mais influência na sociedade e no mercado publicitário?

- Com base naquilo que tenho lido: não há problema nenhum o Estadp ter canais de televisão e concorrer com os canais privados... Certamente, será porque consegue manter e salvaguardar a isenção quanto há política editorial e não intervir a esse nível! (treta). Contudo ter um jornal parece ser um crime de lesa majestade, ou seja, o Estado tem a tendência para intervir na política editorial...
Mas, isto não é assumir que afinal o Estado pode ter tendências propagandísticas ao utilizar os seus meios?! Então, qual a poção mágica que impede o Estado de intervir nas suas rádios e televisões?!

- Ainda não percebi bem o argumento de que o Estado não pode participar no mercado livre. Afinal, o mercado não é livre? Ou será melhor criar leis ou um mercado à parte para as empresas estatais. Pois... O Estado não pode é ter empresas de comunicação porque influencia a sociedade... AH! Já percebi: Felizmente que a Caixa Geral de Depósitos não influencia a sociedade, que as Estrada de Portugal tb não ou que a gestão do sistema nacional de saúda também não....

- Para terminar: acho importante frisar que esta polémica sobre o JM não está a ser discutida no nível correcto. Mais, discutir sem agir é igual a "nada". Existem meios ao dispôr para corrigir a situação. Utilizem-se até os limites. O que impede um cidadão de processar o Estado por lesar os seus bens públicos para o qual contribui? Coloque-se na mesa, de uma forma séria e clara, os diferentes cenários... O mais provável é que a conclusão seja a de fechar o Jornal. Assuma-se esta responsabilidade. Não se critique a sua existência e gestão deficiente sem assumir a conclusão desse raciocínio...
A imprensa no seu todo está a atravessar momentos difíceis devido à conjuntura internacional e às novas tendências do mercado publicitário.
Na Madeira, o sector não é enorme mas ainda assim dá alimento a um número considerável de famílias. A responsabildiade social impõe que os seus actores pensem no futuro do sector de uma forma prática e viável... Isto funciona para os dois lados... O problema está criado, importa encontrar soluções.

*astrisco*
publicado por Marco Freitas às 11:11

09
Jan 08
"Ninguém permanece satisfeito com o que tem, olhando para o que é dos outros; é por isso que nos iramos até contra os deuses quando alguém nos ultrapassa, esquecidos dos homens que ficam para trás; e, quando há poucos homens para invejar, aqueles que seguem atrás de nós são invejosos terríveis. Mas o homem é tão mesquinho que, mesmo tendo recebido muito, considera-se injuriado se pudesse ter recebido mais. (...) Sobretudo, agradece aquilo que recebeste; aguarda pelo restante e alegra-te por não estares ainda satisfeito: é um prazer haver algo por que esperar. Venceste todos os homens: alegra-te por seres o primeiro no coração do teu amigo; foste vencido por muitos: considera quantos homens estão atrás de ti, mais do que quantos estão à tua frente. Queres saber qual é o teu maior vício? Fazes mal as contas: valorizas demasiado o que te oferecem, mas desvalorizas o que tens.

Séneca, in 'Da Ira'
publicado por Marco Freitas às 09:40

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O circo chegou às cidades norte-americanas mas também a todo o mundo. O circuito eleitoral dos candidatos ao trono americano é motivo de atenção de todo o mundo. Afinal de contas, quer queiramos quer não, em causa está a maior potência mundial e o seu governo... Sabendo o quanto este nos afecta é natural que o mundo tenha os olhos postos nos EUA. Além de tudo, está no ar a curiosidade de sabermos se uma minoria social finalmente terá lugar no poder máximo do país.
publicado por Marco Freitas às 09:35

08
Jan 08
Publicada com a devida autorização do autor

Polémico, combativo e frontal. Eis alguns dos atributos de Ricardo Rio, vereador da oposição, que em 2009 quer ser presidente da Câmara Municipal de Braga. Aponta novos caminhos na gestão da autarquia bracarense, sem esquecer a grande responsabilidade que um presidente deve ter com a população que o elegeu. Atento aos problemas dos seus conterrâneos, Rio não esquece as suas origens, afirmando mesmo que para um bracarense a maior aspiração e ambição é ser presidente da Câmara de Braga.


“Estou preparado para ser presidente da Câmara”

Para Ricardo Rio, bracarense dos sete costados, não existe qualquer tipo de problema se em 2009 for eleito presidente da Câmara Municipal de Braga. Aliás, diz mesmo estar preparado para exercer o cargo mais alto do município. Para este político “não profissional”, apesar de já possuir alguma experiência a nível autárquico, a nobre arte da política só tem valor se servir para resolver os problemas das pessoas e não pela vaidade dos cargos.


PSD desde a juventude

“De facto, não sou um político profissional, sou alguém que gosta da política e vejo essa política como uma forma de servir e de colocar as minhas capacidades ao serviço da população. Em 1997 entrei pela primeira vez para uma estrutura partidária, no caso, a Comissão Política Concelhia de Braga, na altura presidida pelo Miguel Macedo, mas já era militante do PSD na minha juventude. Estive com Miguel Macedo em 1997, com Carlos Alberto Pereira a seguir”, referiu o jovem político bracarense.
“Após as autárquicas de 2001, no início de 2002 entendi que o partido precisava de ter outra dinâmica em Braga. Candidatei-me à liderança do partido e ganhei. A partir daí tenho assumido a liderança a nível concelhio. Pouco depois de ser eleito fui convidado para integrar a distrital, na altura presidida pelo José Manuel Fernandes. Quando este saiu em 2004 continuei como vice-presidente”, acrescentou.


“Visão negativa da política”

“Todos os cidadãos têm uma opinião muito negativa e relação aos políticos e à maneira como as coisas se fazem, mas também acho que não nos podemos ficar pela simples crítica. Se achamos que as coisas não estão bem, e se acreditamos, como eu acredito, que a política é uma actividade nobre, na lógica de serviço à sociedade, então temos de apresentar alternativas, soluções. E se descermos na escala hierárquica, eu acho que o presidente de junta é um cargo extremamente importante, é o primeiro ponto de contacto entre a população e as estruturas decisórias. Por seu lado, o cargo de presidente da Câmara de Braga é para mim bracarense o cargo mais importante a que um bracarense pode aspirar”.
“Por outro lado, quando falo de motivações, não falo em termos de carreira, nem de ascensão a lugares políticos, mas sim motivações pessoais de quem gosta da política e que acha que pode dar um contributo para que a política seja melhor do que aquilo que tem sido até hoje”.



Autárquicas 2005:
campanha profissional

“A campanha de 2005 para as autarquias foi interessante, pela primeira vez houve uma campanha profissional por parte da coligação Juntos por Braga, e isso é reconhecido de forma unânime. O novo regime de financiamento das campanhas eleitorais também foi importante no sentido em que minorou as diferenças que havia entre partidos da oposição e o poder instalado em termos de disponibilidades de meios. Apesar de tudo, os nossos meios foram bem geridos, constituímos equipas de muito valor em todas as freguesias, nos vários órgãos autárquicos que estiveram muito motivados na campanha, na lógica do trabalho em equipa. Só esta poderia dar os melhores frutos, coisa que no passado não acontecia. Os autarcas de freguesia estiveram muito empenhados na campanha para a Câmara Municipal e isso deu excelentes frutos”, disse confiante.
“Em termos de resultados, é óbvio que não foi o resultado que nós pretendíamos, no entanto, foi um progresso assinalável uma vez que foi feito o caminho mais difícil, ou seja, em vez de irmos retirar votos ao Partido Socialista fomos buscá-los à abstenção, aos novos eleitores e algum voto útil de esquerda que se verificou, mas foi insuficiente para a conquista da Câmara Municipal que era o nosso grande objectivo. Ainda assim estes resultados deixam-nos com uma forte expectativa para o futuro e com uma grande responsabilidade para com a população bracarense”, reafirmou Rio.


“Poder gasto e sem energia”

“A grande mensagem que está por trás desta candidatura e que levou a esta resultado eleitoral, foi a lufada de ar fresco na política bracarense. Nós entendemos que o poder que está neste momento em exercício é um poder que está gasto, em termos de energia e de ideias e em termos de ambições já começa a ficar muito aquém daquilo que uma grande parte da população bracarense deseja. Neste sentido, reunimos um leque de pessoas com competências específicas em áreas muito diversificadas, já com larga experiência nas suas actividades profissionais em termos de envolvimento cívico. E deste modo dissemos às pessoas que temos uma proposta diferente, renovadora e que vai mudar a postura da autarquia. Não vai ser aquela autarquia, que nós vemos hoje, a tentar controlar os presidentes de junta e a controlar todos os projectos em que se envolve. Vamos ser, isso sim, uma autarquia que se vai colocar ela própria como instrumento de apoio ao desenvolvimento do concelho. Por exemplo, se alguém faz bem as coisas na área social nós temos é que os apoiar e não substituirmo-nos a esse trabalho, se há alguém que tem um bom potencial para desenvolver um bom trabalho na área da cultura nós temos que os estimular. No fundo, é um pouco essa mensagem que passamos e que, de facto, mereceu a confiança dos nossos eleitores. Se calhar mereceu alguma desconfiança de muitos que gostariam de uma mudança mas que ainda não a expressaram em termos de votos e a verdade é que o partido dos abstencionistas continua a ser aquele que ganha as eleições em Braga. É também para esse público (abstencionistas) que teremos de trabalhar nos próximos quatro anos e demonstrar-lhes que somos de facto diferentes e melhores para o desenvolvimento do nosso concelho”.



Dificuldades revelam-se…

Relativamente a uma eventual presidência de Câmara, substituindo Mesquita Machado, o nosso interlocutor é da opinião de que “ainda é muito cedo para traçar qualquer tipo de cenários para o futuro, no entanto, tudo dependerá pelo mandato que for feito pela autarquia. Por um lado, a presunção que nós temos é que neste mandato vão começar a revelar-se as dificuldades que foram criadas pela situação financeira da Câmara num passado recente que até aqui têm sido mais ou menos disfarçadas, não impedindo que houvesse ao longo deste últimos meses um chorrilho de inaugurações todas as semanas” denunciou, adiantando ainda que “a realidade a esse nível vai alterar-se um pouco, basta ver o Orçamento de Estado onde os financiamentos públicos vão-se tornando cada vez mais exíguos. Por outro lado, a verdade é que, do nosso ponto de vista (oposição), temos condições para desenvolver um trabalho que não foi desenvolvido no passado e que nós entendemos que pode ser a continuidade desta esperança que foi semeada agora com estas eleições e demonstrando ao grosso da população que, de facto, podem confiar em nós e neste equipa”.


Poder em 2009

Em relação ao modo como a coligação vai pôr em prática a sua política autárquica, Ricardo Rio foi adiantando ao GlobalMinho & Porto que, “vai centrar-se no contacto com as populações, aliás, esta é a estratégia que vem sendo seguida ao nível do partido e não somente nestas eleições. Desenvolvemos visitas às freguesias, fazendo recolha de sugestões para a gestão da autarquia. Estes são alguns dos passos necessários para termos a garantia que em 2009 possamos conquistar a Câmara Municipal de Braga”.


Recandidatura de Mesquita?

Sobre a possibilidade ou não de uma recandidatura de Mesquita em 2009, Rio afirma que “é muito difícil traçar cenários a esse nível, apesar da veemência com que ele o afirmou, não podemos dar por garantido que Mesquita Machado não vai candidatar-se as próximas autárquicas. São várias as razões para assim pensarmos. Já disse que não se candidatava e não cumpriu com essa afirmação. Outra questão tem a ver com o facto de Mesquita Machado ser uma mais-valia para o PS e daí haver uma certa dificuldade dentro do partido em encontrar uma alternativa que consiga segurar o seu eleitorado. Mesmo do ponto de vista dos protagonistas, a política que tem sido seguida pelo Partido Socialista, na pessoa do actual presidente da Câmara, tem sido um bocado a política da terra queimada. Nós sabemos que os vereadores não têm grande autonomia, não têm grande protagonismo, ou seja, não há aos olhos dos bracarenses potenciais alternativas. As pessoas olham para Mesquita Machado como uma peça de mobília, estão habituadas, está lá na sala pousada”, ironizou.





“Estancar a construção”

Quando se fala em gestão urbanística da cidade, Ricardo Rio avança logo com a revisão importante que é preciso fazer ao PDM (Plano Director Municipal). “Em relação a esta matéria achamos que é fundamental fazer uma revisão do Plano Director Municipal, tendo em conta dois objectivos: o primeiro diz respeito à malha da cidade, queremos estancar um pouco este crescimento desenfreado que se tem verificado em termos de habitação. Num segundo nível, mais fora do perímetro urbano, libertar alguns terrenos para se construírem habitações para os jovens dessas freguesias se fixarem aí. A par de tudo isto, há que implementar a fiscalização e fazer cumprir os regulamentos municipais. Contudo, não está em causa combater o sector da construção, até porque ele representa uma mais-valia para ao sector económico da região, algumas destas empresas de construção possuem até uma grande consciência ao nível do mecenato social, mas fazer com que se cumpram as regras”, alertou Ricardo Rio.





CAIXA

Resumo curricular

Ricardo Rio Nasceu em Braga, é licenciado em Economia e mestre na componente curricular da mesma área. É docente universitário desde 1995 e consultor de várias empresas. Foi director do Instituto Mercado de Capitais de Euronext Lisboa, Secretário-Geral da Associação Portuguesa de Analistas Financeiros e Assessor do Conselho de Administração da Casa da Música do Porto.
Foi deputado da Assembleia Municipal de Braga entre 2002 e 2005 e na Assembleia Metropolitana do Minho, entre 2004 e 2005. Actualmente é vereador na Câmara Municipal de Braga.
É presidente da Comissão Política do PSD de Braga desde Junho de 2002 e Vice-Presidente da Comissão Política Distrital desde Julho de 2004.
Edita desde 1999 o suplemento de Economia do Diário do Minho e colabora com vários outros jornais e publicações.



Jorge Paraíso

(Braga, 18 de Novembro 2005)
publicado por Marco Freitas às 11:14

07
Jan 08

Para alimentar o debate sugerimos a leitura do artigo de opinição do Director do JM em resposta a algumas críticas efectuadas ao projecto...


Artigo de opinião de Henrique Correia: "Nervosismos"


 

publicado por Marco Freitas às 15:27

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