A análise do conteúdo informativo produzido pelo Jornal da Madeira e pelo Diário de Notícias da Madeira, entre os dias 23 de Abril e 13 de Maio de 2007 (período que inclui a campanha eleitoral), revela alguns casos interessantes.
Como referimos em nota anterior, neste período foram publicadas 794 peças noticiosas divididas da seguinte forma: DNM 474 e JM 320.
Os dados que apresentamos de seguida são mais algumas pistas para percebermos e caracterizamos o trabalho jornalístico durante a fase mais importante deste período eleitoral na Região.
55 JORNALISTAS ASSINSARAM PEÇAS DURANTE A CAMPANHA
Finalmente, durante o período de campanha as peças jornalisticas publicadas tanto pelo DNM como pelo JM foram assinadas por um total de 55 jornalistas.
Uma nota de destaque para sublinhar a diferençano número de jornalistas que escreveram no Diário e no Jornal.s
Trinta e nove jornalistas do Diário deram nome às noticias do período de campanha e no Jornal esse número foi só de 16 jornalistas. Diferença que justifica o facto dos jornalistas do JM terem escrito maior número de notícias. Por exemplo, o jornalista que escreveu mais notícias atingiu as 19 peças. No caso do JM, o jornalista que mais assinou peças fê-lo por 29 vezes.
REPORTAGENS E BREVES
Quanto ao tipo de trabalho jornalístico efectuado pelos jornalistas é de realçar que em termos de reportagem os dois matutinos publicaram um número aproximado de peças: 206 no Diário e 214 no JM. A maior diferença verificou-se no que diz respeito às notícias breves. O DNM publicou 118 e o Jornal 16. Esta diferença revela claramente o estilo de paginação dos dois jornais.
No plano dos artigos de opinião registou-se um nível aproximado apesar do DNM continuar a registar mais artigos desta natureza ao longo da pré-campanha e campanha: 51 do Diário por 35 do JM.
Uma das particularidades desta comparação do tipo de trabalho publicado está nos artigos que se associam à sátira e crítica. No DNM registamos 20 e no JM nenhum. Será estilo ou posicionamento público dos meios em questão?
Outra nota de merecido registo é a publicidade. Sobre este item podemos referir que se tratou exclusivamente de publicidade partidária, a anunciar os eventos de campanha. No DNM registamos 46 espaços e no JM 24. No Diário houve uma maior diversidade de partidos que utilizaram ete instrumento. Esta diferença é também explicada pelo facto do DNM ser considerado o jornal com maior audiência?
SUPLEMENTOS ESPECIAIS NOS DOIS JORNAIS
Quanto ao tipo de rubricas, a primeira nota vai para os suplementos especiais criados por ambos os jornais para dar todas as incidências do dia das eleições e os seus resultados. Nestes suplementos o DNM publicou 57 peças e o JM 47.
Mantendo a tendência das anteriores análises, o DNM concentrou o grosso da informação política nas suas páginas de política (248 peças) e o JM no espaço Região (171). O espaço de opinião e a última página são os outros espaços que receberam maior volume de noticiário.
FONTES POLÍTICAS DOMINAM
No que diz respeito ao tipo de fontes, confirma-se que são na sua larga maioria políticas, tanto no DNM (283) como no JM (220). O que não constitui surpresa dado o momento político.
Neste quadro é também interessante registar o número de peças com origem nos jornalistas ou sob a batuta das editorias (122 no DNM e 55 no JM).
PSD E JARDIM MAIS VEZES NOS TÍTULOS DO DNM
Na análise aos títulos para determinar qual a participação dos pricipais actores da campanha, individuais ou partidários, a tendência anterior em relação a Jardim mantêm-se, ou seja, tanto no JM como no Diário foi dos actores mais referidos nos títulos.
No Diário, Jardim e o PSD arrancaram 48 referências em títulos e a dupla oposta, PS e Serrão, 34 referências. Em termos individuais, Serrão só mereceu 7 referências em títulos, o mesmo número no DNM e no JM, e o PS 27 referências, o máximo entre os dois jornais.
Uma nota de referência para apontar que o PSD mereceu muito menos referências em títulos no JM do que no Diário: 23 contra 8. Outra nota de interesse é que o Movimento Partido da Terra foi o único dos partidos considerados pequenos que ultrapassou a duas dezenas de referências nos titulos, o que aconteceu no Diário.
O *astrisco*
publicado por Marco Freitas às 09:45
A análise do conteúdo informativo produzido pelo Jornal da Madeira e pelo Diário de Notícias da Madeira, entre os dias 23 de Abril e 13 de Maio de 2007 (período que inclui a campanha eleitoral), revela alguns casos interessantes.
Como referimos em nota anterior, neste período foram publicadas 794 peças noticiosas divididas da seguinte forma: DNM 474 e JM 320.
Os dados que apresentamos de seguida são mais algumas pistas para percebermos e caracterizamos o trabalho jornalístico durante a fase mais importante deste período eleitoral na Região.
55 JORNALISTAS ASSINSARAM PEÇAS DURANTE A CAMPANHA
Finalmente, durante o período de campanha as peças jornalisticas publicadas tanto pelo DNM como pelo JM foram assinadas por um total de 55 jornalistas.
Uma nota de destaque para sublinhar a diferençano número de jornalistas que escreveram no Diário e no Jornal.s
Trinta e nove jornalistas do Diário deram nome às noticias do período de campanha e no Jornal esse número foi só de 16 jornalistas. Diferença que justifica o facto dos jornalistas do JM terem escrito maior número de notícias. Por exemplo, o jornalista que escreveu mais notícias atingiu as 19 peças. No caso do JM, o jornalista que mais assinou peças fê-lo por 29 vezes.
REPORTAGENS E BREVES
Quanto ao tipo de trabalho jornalístico efectuado pelos jornalistas é de realçar que em termos de reportagem os dois matutinos publicaram um número aproximado de peças: 206 no Diário e 214 no JM. A maior diferença verificou-se no que diz respeito às notícias breves. O DNM publicou 118 e o Jornal 16. Esta diferença revela claramente o estilo de paginação dos dois jornais.
No plano dos artigos de opinião registou-se um nível aproximado apesar do DNM continuar a registar mais artigos desta natureza ao longo da pré-campanha e campanha: 51 do Diário por 35 do JM.
Uma das particularidades desta comparação do tipo de trabalho publicado está nos artigos que se associam à sátira e crítica. No DNM registamos 20 e no JM nenhum. Será estilo ou posicionamento público dos meios em questão?
Outra nota de merecido registo é a publicidade. Sobre este item podemos referir que se tratou exclusivamente de publicidade partidária, a anunciar os eventos de campanha. No DNM registamos 46 espaços e no JM 24. No Diário houve uma maior diversidade de partidos que utilizaram ete instrumento. Esta diferença é também explicada pelo facto do DNM ser considerado o jornal com maior audiência?
SUPLEMENTOS ESPECIAIS NOS DOIS JORNAIS
Quanto ao tipo de rubricas, a primeira nota vai para os suplementos especiais criados por ambos os jornais para dar todas as incidências do dia das eleições e os seus resultados. Nestes suplementos o DNM publicou 57 peças e o JM 47.
Mantendo a tendência das anteriores análises, o DNM concentrou o grosso da informação política nas suas páginas de política (248 peças) e o JM no espaço Região (171). O espaço de opinião e a última página são os outros espaços que receberam maior volume de noticiário.
FONTES POLÍTICAS DOMINAM
No que diz respeito ao tipo de fontes, confirma-se que são na sua larga maioria políticas, tanto no DNM (283) como no JM (220). O que não constitui surpresa dado o momento político.
Neste quadro é também interessante registar o número de peças com origem nos jornalistas ou sob a batuta das editorias (122 no DNM e 55 no JM).
PSD E JARDIM MAIS VEZES NOS TÍTULOS DO DNM
Na análise aos títulos para determinar qual a participação dos pricipais actores da campanha, individuais ou partidários, a tendência anterior em relação a Jardim mantêm-se, ou seja, tanto no JM como no Diário foi dos actores mais referidos nos títulos.
No Diário, Jardim e o PSD arrancaram 48 referências em títulos e a dupla oposta, PS e Serrão, 34 referências. Em termos individuais, Serrão só mereceu 7 referências em títulos, o mesmo número no DNM e no JM, e o PS 27 referências, o máximo entre os dois jornais.
Uma nota de referência para apontar que o PSD mereceu muito menos referências em títulos no JM do que no Diário: 23 contra 8. Outra nota de interesse é que o Movimento Partido da Terra foi o único dos partidos considerados pequenos que ultrapassou a duas dezenas de referências nos titulos, o que aconteceu no Diário.
O *astrisco*
publicado por Marco Freitas às 10:38