Esta ideia não tem qualquer cariz dogmático mas é tão somente uma convicção de que o papel da comunicação social de massas precisa de encontrar o seu caminho na imensidão de oportunidades que o mercado cria.
Certo desta necessidade que é comum a muitos outros sectores de actividade na Madeira tenho, no entanto, dúvidas de que comunicação social consiga impôr-se como centro da discussão pública A dúvida é fundamentada mais na incapacidade do sector para debater as suas próprias realidades do que no peso específico que a internet tem na população e na criação de informação ad hoc.
Muitas vezes, para construir o futuro é preciso abrandar o presente, ponderar e analisar expectativas e perspectivas. Quiçá, permitir a existência de um certo caos controlado que ajude a entender as necessidades.
Agora, nos dias de hoje, o que vejo em particular na comunicação social regional é uma enorme necessidade de debate (intra-debate), antes de se apresentar à sociedade como suporte capaz e rigoroso de realizar a discussão pública que se exige em muitos momentos históricos da vida da Região (as últimas eleições foram um desses momentos e estamos a proceder à análise de conteúdo jornalístico sobre a época com o objectivo de tirar ilações sobre a acção participativa da comunicação social na altura).
O desafio que lançamos hoje é este: enviem para o e-mail astrisco@netmadeira.com a vossa opinião sobre o que falta fazer para a comunicação social regional acompanhar a evolução da sociedade, nos mais variados campos, no sentido de podermos produzir um ensaio comum sobre o sector na Região.
O astrisco propõe-se ser o fiel arquivo das vossas opiniões, comentários, criticas e teorias pois acredita que esta pode ser uma forma de criar a tal plataforma comum que permite o sector evoluir como um todo e enfrentar as lógicas da globalização.