Comunicar pode ser fácil... Se no tempo que a vida nos permite procurarmos transmitir o essencial, desvalorizar o acessório e contribuir, num segundo que seja, para que a mensagem se assuma como tal e não como um universo de segredos...

19
Jun 07
O X Governo Regional da RAM tomou posse hoje... Pequenas tricas políticas à parte, como a ausência de um deputado ou a presença impercetível de um Secretário de Estado, o que importa sublinhar é a percepção que viaja do partido do Governo aos da oposição de que a Madeira precisa de uma nova estratégia de desenvolvimento para poder enfrentar os desafios que se adivinham...
Do nosso ponto de vista isto significa uma postura pró-activa, dinâmica e construtiva.
A Madeira precisa de dar mais um “salto de rã”, para usar uma expressão de Braga de Macedo numa conferência sobre o desenvolvimento regional que decorreu no Funchal há alguns anos e que, aparentemente, pasou despercebida a muitos madeirenses, particularmente àqueles que se consideram atentos a tudo o que se passa na Região ou aos outros que se arvoram em sabedores de muitas sabedorias.
Para dar esse salto precisa de ter condições de sustentação para sustentar o impulso... Serã possível criar e desenvolver uma nova estratégia de desenvolvimento adoptando o conceito de “ruptura na evolução”?... Ou será necessário romper radicalmente com a forma de pensar o futuro da Madeira até agora?

Em consciência, todos queremos uma Madeira melhor. Muito provavelmente construímos ideias para o seu futuro segundo perspectivas muito pessoais ou sob o chapéu de alguma influência de grupo...Mas, todos queremos esse melhor futuro para a Região... Acredito nesta bondade de muitos madeirenses e encontro aqui um ponto comum digno de registo e de devida exploração política.
Outro ponto comum verificável na res publica é a certeza de que precisamos de maior autonomia, seja ela política, financeira ou económica...
A aposta nas obras públicas de vulto é um filão em vias de extinção – outro ponto em que muitos concordam...

Portanto, o que nos resta é analisar o que deve ser transportado para o novo modelo de desenvolvimento e melhorado e perceber onde é que a Madeira precisa de inovar.

Pessoalmente, depois de definida entre nós os madeirenses a estratégia que pretendemos – e note-se que não há muito por inventar -, começaria por explicar ao Continente, em moldes de campanha de imagem e de lobby, o que queremos. E começaria já pela ideia de unidade diferenciada. Uma expressão que surgiu precisamente na sequência da conferência mencionada.

Precisamos de um caminho, de vozes críticas e construtivas, e de uma vontade global...Para isso, é importante que os jornalistas da Região - classe que pode desempenhar um papel primordial no futuro da Madeira e ficar histórica e definitivamente associada a esse esforço de responsabilidade social - , assumam e promovam com realismo o debate sobre a estratégia de desenvolvimento para a Madeira... Em suma, que vivam o papel de influenciadores que desempenham diariamente na sua profissão para ajudar a construir uma Madeira melhor....

As divergências e diferenças são esperadas, e até desejadas, desde que não sejam lanças envenenadas para queimar por dentro a vontade e o esforço daqueles que querem realmente uma Madeira melhor.

*astrisco*
publicado por Marco Freitas às 23:43

01
Jun 07
O projecto de análise à cobertura noticiosa relacionada com as eleições antecipadas continua e, por isso, o astrisco divulga os dados referentes ao mês de Março.

Apesar de terminado o período eleitoral e de conhecidos os resultados iremos manter a política de transmitir os resultados quantitativos sem análise qualitativa ou considerações sobre o comportamento da imprensa, dos autores dos textos, das fontes e as reacções registadas.

A expectativa do astrisco - e que tem saído falhada – é que a divulgação destes dados sejam um incentivo à participação activa dos jornalistas e que os comentários acrescentados possam ser peças chave para a análise final deste período.


Os dados

- No mês de Março foi publicado um total de 720 peças noticiosas divididas da seguinte forma: Jornal da Madeira 299 e Diário de Notícias da Madeira 421.

- Só a terceira parte do mês de Março (entre os dias 21 e 31) supera em número de notícias o período que se seguiu à demissão de Jardim, com 192 artigos no DNM e 123 no Jornal. Ou seja, nos últimos dias de Fevereiro registamos 112 artigos e no DNM 157, enquanto que no primeiro terço de Março foram registados, respectivamente, 89 e 94 artigos. No segundo terço de Março o JM produziu 87 peças e o Diário 135.

- Quanto às fontes importa salientar que no mês em causa o Jornal da Madeira é o título que maior preponderância dá às fontes políticas. Em suma, 76,3% dos artigos têm origem na política contra os 65,5% do Diário.
No DNM é de notar que as notícias têm origem, despois da política, na própria imprensa, com 24,2% dado que é muito inferior no no Jornal (8,4%).

- Nos títulos, em termos de referências a personalidades, Jardim obtém maior número de referências que Serrão: 37 contra 18 no Diário e 23 contra 5 no Jornal.
Quanto aos partidos é o PS que tem maior número de referências, quer no Diário quer no Jornal. Assim, no DNM o PS está presente em 40 títulos e o PSD em 24 enquanto que no Jornal o PS é referenciado 21 vezes e o PSD 18.
Quanto aos partidos pequenos, o Diário deu mais destaque do que o Jornal, contrariando a tendência de Fevereiro. O CDS foi o partido mais referenciado nos títulos.

- No que diz respeito à distribuição das notícias por dia é visível que o volume de peças aumenta com o decorrer do mês em correspondência com o avanço da campanha.

Conclusão

O trabalho de recolha está feito. Nos próximos tempos apresentaremos os dados de Abril e os referentes ao mês de Maio até ao dia seguinte às eleições.
Acreditamos que esta análise irá permitir responder a várias questões entre as quais perceber qual o nível de envolvimento da Comunicação social regional nestas eleições. Será que à paixão política com que se viveu estas eleições se pode associar uma paixão noticiosa?
publicado por Marco Freitas às 09:18

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