Comunicar pode ser fácil... Se no tempo que a vida nos permite procurarmos transmitir o essencial, desvalorizar o acessório e contribuir, num segundo que seja, para que a mensagem se assuma como tal e não como um universo de segredos...

29
Jul 06
Depois da apresentação do programa e dos primeiros comentários, achamos importante acrescentar uma análise mais elaborada com o livro. O desafio para analisar de forma séria e acutilante as problemáticas que o livro de Carrilho coloca na mesa - como foi feito pelos primeiros participantes - mantêm-se.

Atrevo-me a fazer os seguintes comentários:

Feita uma primeira revisão dos falhanços “que podem ter sido cometidos” é importante que se diga que o autor concentra grande parte do seu esforço literário para explicar como é que a comunicação social trabalhou contra si, exemplificando com casos concretos (alguns dos quais podem ter alguma semelhança com a realidade!!!) construindo uma teoria da conspiração que de tão rebuscada chega a ser ridícula, a roçar a insensatez, de tal modo que se incrimina na mesma tentativa de controlar os media de que acusa aquele que conserva como o seu principal adversário na campanha: a empresa de comunicação Cunha e Vaz.

MMC trás à mesa um assunto sério, que deve ser discutido de forma isenta, e não da maneira como colocou no seu livro: a relação entre os jornalistas e as agências de comunicação. O recurso a estas empresas não só é legítimo como a sua actividade é balizada por regras de ética que ambos os lados procuram respeitar. Como em todos os planos da vida em sociedade há casos de profissionais pouco sérios que têm comportamentos nada abonatórios para os sectores em questão.
Mas, porque não vamos por parte e analisemos alguns dos momentos mais quentes da campanha e que são referidos no livro.

Ora, temos a apresentação do chamado “vídeo familiar” exibido na cerimónia de apresentação oficial da candidatura. Este vídeo foi assim chamado porque fez aparecer durante escasso tempo a sua mediática esposa e o seu filho.
Quando a este aspecto nada a acrescentar. Não vejo nada de extraordinário no facto de um candidato ter recorrido à família, aliás como muitos outros candidatos a tantos outros lugares. Portanto, desconfio que os media nacionais e lisboetas tenham visto algo de claramente inovador e diferente na “aparição” de Bárbara. Agora, aos jornalistas é permitido questionar a transparência das razões que levaram a anexar a imagem positiva e popular de Bárbara Guimarães (BG) à de Carrilho, claro está, para além de serem casados…
Não deixa de ser legítimo mas, certamente, questionável.
Porém, se a comunicação social não foi capaz de separar o importante do acessório, privilegiando as mensagens dos candidatos em detrimento da “bilhardice cor-de-rosa” – talvez um pouco à imagem do que tem acontecido nas mais recentes campanhas partidárias, porque os políticos não têm muito para oferecer – o facto é que não soube cumprir o seu dever informativo.
Contudo, nada disto parece justificar a adjectivação de MMC ao sucedido. Pretensioso, o autor compara o vídeo ao arrastão de Carcavelos, dizendo inclusive que foi “um maior arrastão” naquilo que considerou de “transe mediático” de grupo.
Para MMC o “vídeo familiar” foi um “facto inventado”, recusando-se a aceitar que a mediatização da sua mulher poderia ter sido um trunfo importante e quiçá decisivo junto da população mais sensível ao mundo cor-de-rosa, não admitindo que BG é mais carismática que ele próprio.
Sobre está matéria há que interrogar-se sobre o facto e a possibilidade de BG nunca ter aparecido na campanha.
Só posso concluir, da leitura que fiz das palavras de Carrilho, que este utilizou as referências ao vídeo como bode expiatório para o fracasso pessoal. Melhor, diria que foi um dos muitos bodes expiatórios.

O ataque aos media é feroz. Chega a criticar a cobertura dos jornalistas às suas acções de campanha, acusando alguns jornalistas de fazerem notícias sem aparecerem nos locais. A saída de estúdio – a que MMC chamou de “fuga” – de Carmona no debate que deveria ter acontecido num dos jornais da SIC foi outro exemplo que serviu para provar que não houve cobertura à altura das necessidades (de Carrilho, claro!), tendo defendido que existiu um “pacto de silêncio” da maioria dos media que fez de Carmona “um candidato protegido”.

A partir daqui MMC fala de uma crise no jornalismo que é consequência de uma situação de privilégio e de irresponsabilidade de que goza na esfera pública, contrariamente aos políticos que conservam a “incontestável” legitimidade do voto. Será que a legitimidade dos políticos que advém do voto é assim tão “incontestável”, sabendo nós que muita da força política é consequência e resultado do mediatismo a que os seus actores se sujeitam ou tiram proveito?
Para provar este argumento não basta dizer que há uma “mercantilização” da classe que, na essência, se traduz pelo prémio de quem menos se dedica à análise cuidadosa, à crítica gratuita e ao rumor que vende. É a este propósito que MMC chama os jornalistas de matilha de Gresham”, que precisa de ser combatida. A lei de Gresham diz que a má moeda tende a expulsar do mercado a boa moeda – uma regra que não se confirmou no caso de Carrilho.

Outra das situações que merece abordagem é a constante e cirúrgica referência à agência de comunicação Cunha e Vaz. Tudo começa por um encontro com António Cunha e Vaz em que este, aparentemente interessado em entrar no sector da política, assume sem rodeios e cuidados que “tudo se compra”. Sem apresentar provas, MMC simplesmente lança um anátema sobre a relação destas empresas e os jornalistas portugueses. A reacção nacional que vi a esta acusação foi rápida no gatilho, chegou de todos os lados com a força de um furacão mas amainou da mesma forma como veio: rápida, como se o assunto não precisasse de um ataque cerrado mas contínuo por forma a levar muito longe o esclarecimento daquele ataque, garantindo assim uma maior transparência no sector.
O que é facto é que a Cunha e Vaz fez a campanha do candidato vencedor. Será que a CV conseguiu efectivamente comprar toa a comunicação social a favor de Carmona Rodrigues?
Segundo o autor que garante que “veio a saber” que a CV influenciou opções editoriais do DN, sem, no entanto, mostrar provas.

Mais, diz a determinada altura que a ACV se gabou de ter os jornais na mão, sem explicitar como, quando, com que efeito mediático prático, mais uma vez sem provas.

É verdade que esta relação entre agências de comunicação e jornalistas ainda não está aperfeiçoada e requer alguns mecanismos fortes de regulamentação. Parece-me, no entanto, que o sucesso de uma agência de comunicação, que passa pela sua carteira de clientes, depende claramente da relação séria e profissional que têm com os jornalistas. Por outras palavras, as empresas não estão interessadas em agências de comunicação que contratam jornalistas avulso para trabalhar encomendas sem que daí resulte uma verdadeira campanha de comunicação sólida, esclarecedora e transparente. Relação baseada na troca de notícias por dinheiro são fúteis e em última instância não credibilizam uma empresa de comunicação que sem princípios pouco conseguirá junto dos jornalistas.

Do lado dos jornalistas, recuso-me a aceitar a ideia que os grandes jornais nacionais se tenham deixado enrolar por truques baratos, de forma constante e organizada, com o intuito específico de participar numa conspiração contra um dos candidatos, no caso MMC.

Como nas agências de comunicação também há quem no jornalismo não se preocupe com os códigos de ética e com o profissionalismo. Mas, o que MMC insinua é que esta conspiração vai desde o jornalista destacado para a cobertura noticiosa ao editor que controla a edição do dia e, nalguns casos, até aos directores dos meios de comunicação.
Acredito que tenham existido alguns casos de incompetência, noutros tendência e noutros ainda alguma prepotência. Os jornalistas não são perfeitos. Os comportamentos destes em relação aos assuntos que dizem respeito à Madeira são disso exemplo claro. Mas falar de uma conspiração global é muito pouco provável.

Outra nota a registar é a constante disponibilidade e predisposição para aparecer nos media, mesmo sabendo como dizia saber que se conjurava “uma campanha negativa” desde o início. O objectivo do político seria tentar responder aos ataques ou tirar proveito do espaço mediático que agora diz não lhe ter sido favorável. Como pode alguém que “oferece” fotografias do seu casamento à LUX, Expresso e Caras lamentar-se da exposição mediática de que é alvo e dos meios que o criaram?

Carrilho deu entrevistas ao DN, à Grande Reportagem – que lhe chamou “o novo príncipe” da política portuguesa, entrevista ao Expresso e em muitos outros, para além de ter participado num sem número de debates. Apesar desta exposição, Carrilho assevera que a comunicação social ignorou o que dizia sobre a cidade, problemas e propostas, preferindo dar atenção aos detalhes. A pergunta que se impõe é: será que o político conseguia fazer passar a sua mensagem aos jornalistas?
Se não conseguiu fazer os jornalistas compreenderem as suas ideias, aceitá-las para então transmiti-las ao público como poderia ter conseguido convencer a tal população que lhe daria a “legitimidade do voto”?

O caso do Expresso é um dos exemplos que merece ser observado com atenção.
É importante ressalvar que MMC fala amiúde no seu livro de um jornalismo que “não investiga, não contrasta”, enfim, não procede à análise para poder avançar com estratégias de difamação. Mais uma vez, já ciente do cenário dantesco que a comunicação social lhe havia criado aceita o convite do Expresso para uma entrevista. Porque razão aceita a entrevista, sabendo que o resultado final podia ser pouco favorável é, para mim, uma incógnita. Será porque afinal de contas sabe que não pode menosprezar a exposição nos media e que a ausência faz mais mossa do que uma má peça jornalística?
Mas o que se passou com o Expresso – considerado por muito o jornal de referência nacional?

Para título foi puxado o seguinte título: “Carrilho diz que jornalistas são débeis mentais”.
Segundo o autor e então entrevistado “ela (jornalista) me perguntou a certa altura se eu pensava que os outros eram débeis mentais – sabendo como funciona a mediatização da política porque permitiria que um vídeo sobre a sua vida privada se misturasse e sobrepusesse ao seu projecto?”
Pergunta que obteve a seguinte resposta diz MMC: “ Acho que isso é um argumento hipócrita, o que está a dizer é que os jornalistas são débeis mentais e não se interessam pelo essencial. Pobre país que tenha uma classe jornalística assim.”
O autor recusou-se a aceitar a interpretação dada pelo título do Expresso, mas a leitura do seu livro prova precisamente que é o que ele pensa dos jornalistas portugueses já que estes “não analisam e não contestam”, ou seja, não se interessam pelo essencial.

Descontente com o título MMC ligou ao director do Expresso. Esta opção de tão imune político tem piada… até porque segundo o mesmo as tentativas de pressão sobre os media só foram exercidas pelo candidato adversário e nunca por ele. Como pode o Expresso entender o contacto do candidato socialista na sequência daquele trabalho jornalístico? Não será uma forma de pressão? Para Carrilho o Expresso queria proteger Marque Mendes, que tinha uma liderança fraca e precisava de confirmação e que para esse efeito uma vitória nas autárquicas era o ideal. Esta é uma teoria um pouco rebuscada. A esta podemos acrescentar a seguinte dúvida: que aconteceria ao PS e a Sócrates se MMC perdesse a eleição? Nada? Sócrates livrar-se-ia por muito tempo de um parceiro e ameaça à liderança do partido.
Portanto, quando MMC diz que “o poder do polvo era cada vez mais tentacular” talvez devesse reservar um tentáculo para os seus “amigos” no partido.

E por falar em pressão junto dos media com que objectivo o então candidato do PS almoçou com o Director do DN? Curioso não ter falado de forma expressa dos objectivos desse almoço. Muito provavelmente foi obra do acaso!.
E aquela vez – conforme assume o autor – que tirou a máquina a um fotógrafo que o “perseguia” e apagou as fotos tiradas. Isto não configura um claro ataque à liberdade de expressão e de imprensa?


Há, finalmente, o caso do debate com Carmona Rodrigues na SIC. Sobre esta matéria gostava que lessem esta transcrição que retirei do livro “Sob o signo da verdade”.

“Eu pedi ao meu director de campanha, Luís Bernardo, que, uma vez que os debates da SIC Notícias seriam vistos por relativamente pouca gente, e que o essencial seria a síntese que depois passaria na SIC generalista, que se fizesse um contrato onde – como acontece em todo o mundo civilizado – se estabelecessem as regras deste debate: o sorteio relativo ao começo e ao fim, os tempos, as modalidades de diálogo directo, etc., e, naturalmente, o modo como se faria a selecção de extractos e a montagem da peça que seria depois passada na SIC generalista e repetida nesta e na SIC Notícias”. Mas que dizer disto? Sinceramente, MMC só pode estar a brincar! Escolher pela SIC as partes para os telejornais?!! Onde fica a liberdade de expressão e de impressão? E como podemos analisar, à luz disto, a acusação de manipulação das notícias feitas pela ACV?

Quanto ao debate e àquela cena lamentável que o país viu, as críticas do autor são extensas e alguns delas incompreensíveis, sendo mesmo inaceitáveis.
Primeiro, diz que o debate correu bem, que no final sentia que tinha ganho. Ora, então porque saiu intempestivamente sem cumprimentar o adversário. MMC acusou Carmona de ter provocado a situação. Quiçá já estava tudo estruturado com a SIC. Para o autor, o que se passou nos estúdios da SIC, depois de concluído o debate “eram circunstâncias privadas”. Imagine-se, num estúdio de televisão, num debate entre dois candidatos à maior Câmara do país, entre duas figuras públicas: “circunstâncias privadas”. É para rir. Será que MMC não vê televisão e nunca viu o que se passou nos outros debates? A verdade é que se comportou como um mau perdedor e ponto final. Não soube comportar-se à altura dos acontecimentos, apesar dos ataques que num debate decisivo como aquele eram de esperar. Para além disso, dizer que a análise que se seguiu foi adulterada é tentar chamar débeis mentais aos portugueses e aos lisboetas.

Para terminar uma referência a um desabafo de MMC quando diz que “pena é gente desta não estar, como os políticos, obrigados a declarações de rendimento, ou a um severo escrutínio público”.
Carrilho só pode andar distraído. A comunicação social e os jornalistas são diariamente sujeitos ao maior de todos os escrutínios, ao do consumidor da informação.
Se esta não for capaz, se se provar má-fé constante, se os jornais não traduzirem a sociedade, não haja a mínima dívida: as empresas que os sustentam perdem a criatividade e fecham portas.
O jornalismo em Portugal está muito longe de ser perfeito. Temos o que merecemos e o que pedimos. Temos a opção de não comprar um mau jornal pela manhã, podemos mudar de canal sempre que nos aprouver… Mas, um político… bem… esse parece estar presente em todo o lado, e ser difícil evitar a sua presença, e sabermos qual a sua declaração de rendimentos não muda nada (como se isso fosse sinal de absoluta transparência e de seriedade).
Definitivamente, o melhor que dizer deste livro, deste autor e deste político é que merecíamos melhor.




os participantes disseram o seguinte:

Carrilho, Dan Brown e Jardim Qualquer semelhança é pura coincidência... Ora aqui está mais uma "campanha de difamação" que agora surge pelas mãos (ou melhor dedos) dos cibernautas anónimos, de alguém que investiu o precioso tempo para encontrar, desenfreadamente, semelhanças entre o livro de Dan Brown e o de José Maria Carrilho. E nisto, há sempre uma tendência do narrador em encarnar a principal figura melodramática da narrativa, traçando um filme quase épico dos tempos modernos. Nesta película impressa, a vítima é simultâneamente herói, actor e realizador. A política é fértil em coincidências e, por vezes, a realidade confunde-se com a ficção. Não é por acaso que todas as semanas surgem as vozes sebastianistas nas bancadas de São Bento, ou que nos cadeirões da assembleia da Metrópole se imprimem versos sebastionistas, quais visionários ou idealistas descendentes de Pombal. Os políticos são, afinal, grandes actores. A Madeira, por seu turno, vive também o seu melodrama político, a sua realidade/ficção, a tal que produz, nos órgãos de comunicação social, a informação/mercadoria. Como na Região se condenam, de forma veemente, as referências políticas nacionais do período anterior à Autonomia (os tais colonialistas, fascistas ou desertores), é o incontornável estilo de Alberto João Jardim, que assume a referência para a prosperidade. Alberto João vê-se e é visto como herói de uma batalha épica. É hoje o próprio presidente que vislumbra uma "Guerra Santa" entre Lisboa e o Funchal. Afinal, como o próprio demonstrou quando entrou em cena num comício no Porto Moniz, montado sobre um elefante, a política é também arte, por vezes surreal... Há várias pistas que nos levam a descobrir quem tramou Carrilho na corrida a Presidente da Câmara de Lisboa. Está tudo no livro "Sob o signo da Verdade"... mas codificado em paralelo com o livro de Dan Brown "Código Da Vinci". Não acredita. ? Verifique ... 1ª Pista O filho de Carrilho chama-se Dinis. O Rei D. Dinis morreu com 46 anos. Pág. 46 do Código Da Vinci: Aparece a palavra "Portugal". 2ª Pista A palavra Carrilho tem 8 letras. Avançamos 8 páginas. Pág. 54 do Código Da Vinci: Aparece "campanha da difamação". 3ª Pista O livro de Carrilho tem 207 Páginas Pág. 207 do Código Da Vinci: Aparece "Toda a gente adora uma conspiração". 4ª Pista Clara Ferreira Alves foi muito criticada por Carrilho e aparece no livro de Carrilho na página 167 Pág. 167 do Código Da Vinci: Aparece "A preciosa verdade perdeu-se para sempre". 5ª Pista Emídio Rangel é apoiante de Carrilho e aparece na página 78 do livro de Carrilho. Pág. 78 do Código Da Vinci ? aparece o recado de Rangel para Carrilho "Professor, as consequências poderiam ser desastrosas para si." 6ª Pista Quem tramou realmente Carrilho ? O filme de Carrilho na campanha tinha 13 minutos. Somamos à página 78, os 13 minutos do filme e vamos para a página 91 Pág. 91 do Código Da Vinci Aparece " P.S. - P.S. - P.S." E isto é mesmo verdade, não é só publicidade! Melhor do que "O Código Da Vinci" é "O Código Carrilho". Posted by: Ricardo Freitas at julho 19, 2006 10:42 AM

Amigos, como hoje não estou muito bem "inspirado", daí recorrer a dar uma opinião sobre as tais agências de comunicação de que Manuel Maria Carrilho fala no seu livro "Sob o Signo da Verdade", acusando essencialmente a Cunha Vaz & Associados «de lhe ter oferecido os seus serviços, em que incluía a compra de jornalistas, aquando da sua corrida à presidência da Câmara de Lisboa» (sic. DN de 29.05.06), além de outros "ataques" a jornalistas e órgãos de comunicação social. Todos sabemos que isso não é nem verdade, nem meia-verdade ou, quiçá, toda a verdade.....nos dias que correm, acredito que este político, que diz ter sido atacado e a quem foi roubado a possibilidade de subir ao poleiro, tudo é possível...inclusive o próprio poderia ter sido beneficiado, caso assim a conjuntura mediática o quisesse, a fim de "anular" os pontos fortes e evidenciar os fracos do seu mais directo oponente!!!! Só se fosse parvo!!!! Há pouco tempo estive na apresentação de um projecto da ACIF, denominado "Negócios do Futuro", na qual realizaram um seminário com algumas "estrelas", casos de sucesso de madeirenses e gente ligada à Madeira, para darem o seu exemplo de sucesso....Quem lá estava, além de outroas, António Cunha & Vaz... a dada altura da sua palestra, o empresário referiu o caso da campanha em que, como todos fazem, tentam aproveitar os pontos fracos dos adversários, evindenciando-os publicamente, nomeadamente nos debates televisivos. Lembro que naquele afamado debate que terminou com uma recusa de Carrilho em cumprimentar Carmona Rodrigues, tendo este dito "gente ordinária..."!!! Lembram-se, certamente! Pois, o Sr. Dr. Cunha Vaz referiu nesse encontro da ACIF que os responsáveis da campanha de Carrilho estavam tão preocupados com a referência ao tal "caso da retrete" cultural, quando este era ministro, que pediram para que os responsáveis da campanha de Carmona "retirassem" esse tema da agenda, na "hora dos ataques pessoais", próprio dos debates....Cunha Vaz disse à boca cheia que, naquele momento, soube exactamente o que o "seu" candidato tinha de fazer para tirar vantagem desse caso, que até já tinha sido esclarecido publicamente (acho eu?!..... O que acham então disto?! Seá que carrilho falou toda a verdade, meia verdade ou apenas a verdade?! Para mim, nem 1/5 da verdade foi esclarecido nesse livro!!! deixo esta para reflexão... Pois bem, após um longo período sem contribuir para o astrisco, eis que deixei esta mensagem!!! Espero regressar em breve... Porque a Vida é Bela...Carpe Diem Posted by: Francisco Cardoso at julho 20, 2006 04:39 PM
publicado por Marco Freitas às 23:01

18
Jul 06
Quando decidi comprar o livro de Manuel Maria Carrilho, "Sob o signo da verdade", e dei disso conhecimento a alguns dos meus amigosa sua reacção foi de que tinha perdido dinheiro e a respetiva leitura seria perda de tempo.
Devo dizer que independentemente dos autores e das matérias (salvo excepções radicais) comprar um livro nunca é perder dinheiro e a valia da sua leitura só pode ser averiguada depois de terminada.
Mas, não foi este o princípio que me levou a comprar o "Sob o signo da Verdade". Nem foi, com certeza, a capa personalizada na figura do autor, que se exprime de forma vazia, nem a conscuvilhice política que previsivelmente abunda no mesmo livro.
A razão da sua compra foi única e exclusivamente a curiosidade em saber como é que esta "amostra de político nacional" ataca a comunicação social que o ajudou a ser figura pública e as agências de comunicação que já colocaram líderes também do seu partido no governo do País, e que razões assitem a ete ataque.
Decidi, por questão de princípio, ler estas páginas com suficiente abertura de espírito e alguma objectividade, sendo que esta última esbarra na dificuldade da definição que tenho sobre o estilo de fazer política do autor do livro (que não é certamente aquele que ele alega no seu livro já que a interpretação da política que produz cabe aos cidadãos e não ao próprio).

A minha ideia sobre o livro será dada a espaço aqui no blog, que aproveito para lançar o desafio para quem quiser discutir algumas das matérias que envolvem a comunicação social e a política, em meu entender, o assunto mais importante do livro.

o astrisco
publicado por Marco Freitas às 17:58

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