Comunicar pode ser fácil... Se no tempo que a vida nos permite procurarmos transmitir o essencial, desvalorizar o acessório e contribuir, num segundo que seja, para que a mensagem se assuma como tal e não como um universo de segredos...

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Mai 06
A relação das agências de comunicação com os jornalistas é o assunto do momento no universo da comunicação social nacional. O rastilho foi lançado por Emídio Rangel no lançamento do livro “Sob o signo da verdade” de Manuel Maria Carrilho quando acusou que em Portugal há uma promiscuidade sem limites entre os jornalistas e as agências de comunicação. Uma acusação que começa nas páginas do livro que o ex-candidato pelo PS à Câmara Municipal de Lisboa resolveu escrever para explicar a sua derrota, que pelos vistos foi responsabilidade de todos menos do próprio.

A reacção veemente do mundo jornalístico e das empresas especializadas em comunicação e relações públicas não se fez esperar. Outra coisa seria de estranhar.

O assunto é sério não só porque envolve a comunicação social e a forma como actua para informar a opinião pública mas também porque um qualquer político, de duvidosa isenção, pode sem mais disparar em todos os sentidos para explicar a sua conduta pública.

Haverá alguém de bom-senso que acredite que os jornalistas e as empresas de comunicação na sua maioria são cúmplices de lobbies altamente bem estruturados que visam destruir ou elevar determinada pessoa ou organização? Seria uma façanha enorme para um país que não se consegue organizar.

É incontestável que a relação entre ambos os sectores deve ser esclarecida, profissional e que cada uma das partes deve respeitar os interesses dos outros.
Há quem diga que este foi mais um ataque às relações públicas. Para sermos precisos e objectivos o que está a acontecer é um ataque a estruturas empresariais que fazem relações públicas e não à disciplina em si, até porque os profissionais que trabalham em regime de exclusividade para muitas empresas não são visados nesta polémica.

O assunto é sério e por isso merece uma reflexão profunda. Mas haverá interesse em analisar até ao limite a matéria que dá corpo a esta polémica? Salvo qualquer milagre, esta discussão pública não passará mais uma vez de uma briga de comadres.

cicerodebraga@netmadeira.com
publicado por Marco Freitas às 23:27

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