O trabalho que está a ser feito para deteriorar a imagem de Jardim promovendo uma certa ideia de senilidade política e pessoal é um feitiço com efeito boomerang.
As mais recentes manifestações violentas do líder regional serão obra do acaso? Que prentendia provar ao expressá-las? E que ilação tirou Jardim das consequências das suas palavras, do alarde nacional que mais uma vez consegui provocar?
Voltou-se a escrever muito contra ele e a "barafustar". Houve quem, como Sérgio Figueiredo, tivesse conseguido dizer num, editorial totalmente dedicado a Jardim, que ele não para ser levado a sério. Impressionante, não é?
Vivemos num país democrático e livre. Uma liberdade que nos permite a expressão mais rude dos nossos pensamentos e a manifestação de ideias radicais sob a capa de malabarismo verbais. É a mesma liberdade que nos permite escolher, aceitar ou recusar, dar atenção às opiniões do nosso vizinho.
A escolha dos meios de comunicação social é suficientemente clara desde há muitos anos. Jardim tornou-se objecto e objectivo mediático. Não é estranho utilizar os impropérios de Jardim para atacá-lo pessoalmente e o projecto que desenvolveu para a Madeira, a sua personalidade e o seu legado (que é já incontornável e por isso alvo de invejas) e simultaneamente tirar proveito do seu mediatismo para garantir audiências? Onde está a coluna vertebral dos jornais, televisões e rádios quando repudiam Jardim, através de notícias ou de comentários, e não hesitam em servir-se da sua imagem de espírito inconformado para prender a atenção dos portugueses e para criar factos políticos?
Todos nós, de uma forma ou de outras, repudiamos a nossa consciência activa. Jardim é essa consciência dos potugueses. Só isso dá que falar...
Cicero de Braga