A intervenção digna e cautelosa da comunicação social de terras de Sua Majestade também teve influência e contribuiu para mostrar ao mundo um país capaz de enfrentar todos os medos que o terrorismo provoca.
Alguns comentadores nacionais realçaram o exemplo da intervenção da comunicação social inglesa para criticar os meios portugueses e o estilo "Big Brother" que praticam quando existe uma situação de crise. Têm razão. Mas... talvez... não toda... O facto é que os responsáveis pela gestão das situações de crise são uma peça fundamental para o controlo adequado da situação, e nisso sabemos que os ingleses são exímios. Não houve demagogia, houve sentido prático, e muito bom-senso. Tudo o que falta aos nossos governantes e responsáveis.
Contrariamente ao que se diz, não foi suficiente os governantes ingleses pedirem aos jornais, às televisões e a todos os outros meios que cuidassem da comunicação sobre a crise, que compreendessem a gestão informativa do Governo - isso seria interpretado como um mecanismo de pura e dura censura. A solução do problema foi apresentada como um desígnio nacional. Será que a comunicação social portuguesa, com os seus tiques, compreenderia?
Marco Freitas