Comunicar pode ser fácil... Se no tempo que a vida nos permite procurarmos transmitir o essencial, desvalorizar o acessório e contribuir, num segundo que seja, para que a mensagem se assuma como tal e não como um universo de segredos...

08
Fev 08
o processo de reflexão sobre a comunicação social regional madeirense é um exercício exigente e complexo porque envolve muito mais do que a mera constatação de um realidade sectorial das profissões que este contempla e dos problemas estruturais e funcionais que limitam ou facilitam a sua evolução.

Uma abordagem à comunicação social regional madeirense deve considerar perspectivas diferentes sobre o modelo social, cultural e político social.
Portanto, mais do que um exercício objectivo devemos considerar todas as subjectividades envolvidas na construção do que é a comunicação social regional e daquilo que pode vir a ser.

A Madeira é por natureza um universo social reduzido, limitado por diversos aspectos endógenos e exógenos, que influenciam sobremaneira os diversos sectores da sua vida, desde a economia, as decisões políticas e o posicionamento cultural dos locais.

Considerar qualquer tipo de determinismo fatalista que condene a região a um estado de constante passividade é um sintoma grave de um pensamento ultraperiférico reduzido à assumpção da pequenez física e também significado absoluto de que as limitações geográficas assumem um poder coercivo sobre as vontades.

A criatividade, a inovação e a capacidade de ser positivamente diferente deveriam ser instrumentos capazes de ajudar a criar soluções para saltar as barreiras físicas. Se juntarmos a estes mecanismos humanos as potencialidades que as novas tecnologias nos oferecem talvez seja possível convencer os madeirenses que estão tão longe do mundo como aquele da Madeira.

As gerações condicionadas e fortemente influenciadas pelos limites físicos das ilhas marcam ainda as rédeas do nosso destino. Tudo é ainda muito palpável, feito numa navegação à cabotagem, com os risco controlados e disponíveis para a novidade q.b..

A longitude e a latitude que nos define no mapa mantêm-nos longe de um mundo vertiginoso e oferece-nos uma falsa sensação de segurança, quer das suas influências positivas quer negativas, e afasta-nos da mudança.

Por natureza as sociedades modernas são pouco nómadas. Mudam quanto a necessidade é mais forte que todas as outras razões. Na Madeira, os movimentos que significam mudança encontram fortes entraves, conscientes e inconscientes, em consequência da estabilidade social que viveu nas últimas décadas.

Alguns sectores mais libertos dos condicionalismos que referimos começam a perceber que o estado letárgico em que a ilha vive começa a prejudicar o seu futuro.
publicado por Marco Freitas às 16:46

Mais

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.

Este blog optou por gravar os IPs de quem comenta os seus posts.


Fevereiro 2008
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2

3
4
5
6
7
8
9

10
11
12
13
14
15
16

18
19
20
21
22
23

24
25
26
27
28
29


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds
Sobre mim e autores
pesquisar
 
links
blogs SAPO